Lufthansa cancela 7100 voos em Março por quebra na procura
Companhia alemã e as filiais Swiss, Austrian Airlines, Brussels Airlines e Eurowings deixarão em terra 150 aviões
A companhia aérea alemã Lufthansa vai cancelar 7100 voos até ao final de Março por causa de quebras na procura relacionadas com o surto do novo coronavírus, foi hoje conhecido.
De acordo com informação prestada hoje pela companhia, citada pela agência espanhola Efe, a maior parte dos cancelamentos são voos na Alemanha, para o norte de Itália, e para outros destinos na Europa, bem como o já anunciado cancelamento dos voos para Israel.
Hoje, a companhia já tinha anunciado a suspensão de todos os voos para Israel a partir de domingo, após a decisão israelita de proibir o acesso ao território de cidadãos de vários países europeus para travar o coronavírus.
A Lufthansa e as suas subsidiárias Swiss e Austrian Airlines vão aplicar esta medida de suspensão até 28 de Março. As restrições anunciadas pelas autoridades israelitas incluem “viajantes da Alemanha, Suíça e Áustria a partir de 6 de Março [sexta-feira], causando uma queda significativa na procura de voos para Israel”, afirmou a empresa.
“Alguns voos para Telavive na sexta-feira e no sábado foram igualmente cancelados”, estando os membros da tripulação também afectados pelas restrições, indicou o grupo.
Assim, no total, a Lufthansa e as suas filiais Swiss, Austrian Airlines, Brussels Airlines e Eurowings deixarão em terra 150 aviões dos 750 que têm em operação normalmente. O novo coronavírus levou já ao cancelamento de 25 voos de longo curso e 125 de médio e curto alcance.
Na Alemanha, o número de infectados chega aos 349, dos quais 175 no estado da Renânia do Norte - Vestefália, no oeste do país, de acordo com o instituto alemão Robert Koch.
O surto de Covid-19, detectado em Dezembro, na China, e que pode causar infecções respiratórias como pneumonia, provocou cerca de 3.200 mortos e infectou mais de 95 mil pessoas em 79 países, incluindo nove em Portugal. Das pessoas infectadas, mais de 50 mil recuperaram.
Além de 3012 mortos na China, há registo de vítimas mortais no Irão, Itália, Coreia do Sul, Japão, França, Hong Kong, Taiwan, Austrália, Tailândia, Estados Unidos da América e Filipinas, San Marino, Iraque, Suíça e Espanha.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional e aumentou o risco para “muito elevado”.