Frederico Varandas, presidente do Sporting, apresentou nesta quinta-feira o novo treinador do Sporting, Rúben Amorim, declarando que é o treinador do seu projecto.

Na conferência de imprensa de apresentação do técnico, o líder sportinguista começou por abordar a controvérsia em torno do elevado valor pago pelos “leões” ao Sp. Braga para garantir a contratação do seu novo técnico - 10 milhões de euros.

“É um treinador que vai criar valor. Sabemos e acreditamos que é o treinador certo. Num ano pode valorizar um plantel, num ano em 30/40 milhões”, começou por afirmar Varandas. O presidente sportinguista garantiu ainda que o montante pago não irá desequilibrar as contas “leoninas”, mas reconheceu que houve uma alteração de filosofia: “Há uma mudança de estratégia e de rumo. O orçamento para o futebol da próxima temporada foi decidido há meses. A aquisição [de Rúben Amorim] não aumenta um cêntimo esse orçamento. Altera é a alocação das verbas desse orçamento.” E conclui a questão do custo do nove técnico para os cofres de Alvalade com uma frase feita: “Por vezes o que é barato sai caro e o que é aparentemente caro sai barato.”

"Contratámos um grande treinador, não um milagreiro"

Afirmando que “arranca hoje a época 2020/21 do Sporting Clube de Portugal”, Frederico Varandas defendeu a sua escolha para novo técnico do clube jogando ao ataque. O líder sportinguista começou por afirmar que o mercado de treinadores não é diferente do de jogadores e que, tal como sucede com os futebolistas, “o futebol português não consegue atrair treinadores estrangeiros ou grandes treinadores portugueses”, dando a entender que não havia muitas hipóteses de escolha.

A seguir, Varandas tentou passar a mensagem que a sua decisão foi uma jogada de antecipação face aos rivais: “Se este treinador fosse aproveitado por outro clube daqui a três meses seria uma grande jogada. Aqui é um grande risco.” 

Depois, reconheceu que a aposta em Rúben Amorim foi uma “mudança de paradigma": “Quantos jogadores se compram com 10 milhões? Não tenho problema nenhum em investir no treinador certo.”

Varandas sublinhou ainda que o projecto de futuro para o Sporting passa pela formação, “sem medo de formar e potenciar jogadores”. E acrescentou que a escolha feita não foi unicamente baseada nos resultados que Rúben Amorim teve como treinador do Sp. Braga, mas também pelo conhecimento mais profundo que o Sporting tem do seu novo treinador enquanto homem.

Para o fim Frederico Varandas deixou um recado: “Contratámos um grande treinador mas não é nenhum milagreiro.”

​Os “leões” vão agora a caminho do quarto treinador, visto que desde o início da época já contaram com três técnicos: Marcel Keizer, vindo da época anterior; Leonel Pontes, treinador interino; Jorge Silas, antecessor de Amorim.