A QuarantineChat põe dois estranhos à conversa para combater o isolamento
Aplicação “simula a magia das conversas inesperadas” para que as pessoas em quarentena se liguem ao mundo e interajam com outros desconhecidos isolados.
Imagina que estás em quarentena, sozinho em casa. O coronavírus – ou outra infecção – obriga a que te mantenhas em isolamento durante vários dias, sem qualquer contacto com o mundo exterior. Com o passar do tempo, surge uma saudade tremenda dos encontros de elevador em que todo o diálogo decorre à volta da chuva que está para vir, ou das conversas com outros passageiros do autocarro sobre os motivos para os transportes públicos chegarem todos os dias atrasados à paragem. É para momentos destes que surgiu a QuarantineChat, “uma app viral para tempos virais” que pretende conectar estranhos e trazer “momentos de alegria” aos utilizadores que podem estar a viver dias “mais sombrios”.
Em resposta à epidemia da Covid-19, Danielle Baskin e Max Hawkins decidiram facilitar o estabelecimento de interacções entre estranhos. Se o contacto com amigos e familiares continua a ser possível através das redes sociais e dos telemóveis, os períodos de isolamento privam as pessoas de conversas espontâneas com desconhecidos. A aplicação pretende colmatar esse vazio e “simular a magia das conversas inesperadas” entre os que estão doentes, em isolamento por precaução ou apenas “a viver nos bosques”, longe de tudo.
O serviço faz as chamadas pela Internet (é, por isso, gratuito), com recurso a uma outra aplicação desenvolvida por Danielle e Max, a Dialup, criada para colocar os utilizadores em contacto com “pessoas com quem tens querido falar ou alguém que podes querer conhecer” através de chamadas aleatórias realizadas pelo sistema.
Para fazer parte da comunidade, basta inserir o contacto telefónico no site do QuarantineChat, instalar a Dialup através do SMS recebido e esperar por uma ligação telefónica com outra pessoa isolada. A partir daí, a conversa pode ser sobre qualquer coisa: “o que vais cozinhar para o jantar, os teus sonhos ou a economia mundial”.