Sporting aproveitou o Boavista para gerir o plantel e reforçar a auto-estima

A meio da eliminatória europeia frente ao Basaksehir, Silas poupou alguns habituais titulares, mas mesmo assim os “leões” conseguiram uma vitória tranquila frente aos “axadrezados”, com golos de Sporar e Plata.

Sporar estreou-se a marcar na I Liga
Fotogaleria
Sporar estreou-se a marcar na I Liga LUSA/MÁRIO CRUZ
Fotogaleria
A festa de Plata LUSA/MÁRIO CRUZ
,Andraž Šporar
Fotogaleria
Momento do jogo entre o Sporting e o Boavista LUSA/MÁRIO CRUZ
Regras internacionais de futebol
Fotogaleria
Momento do jogo entre o Sporting e o Boavista LUSA/MÁRIO CRUZ
Fotogaleria
Silas LUSA/MÁRIO CRUZ

A meio de uma batalha europeia que parece bem encaminhada, o Sporting aproveitou o regresso às competições internas para gerir o plantel e reforçar a auto-estima. Três dias depois de vencer os turcos do Basaksehir na Liga Europa com uma das melhores exibições da época, os “leões” voltaram a jogar em Alvalade e voltaram a ganhar de forma convincente. Contra um Boavista inofensivo, o Sporting dominou por completo a partida e garantiu a melhor sequência da temporada: quatro jogos sem derrotas e o quarto triunfo consecutivo no seu estádio.

Com duas deslocações teoricamente complicadas a curto prazo na agenda (quinta-feira em Istambul, contra o Basaksehir; cinco dias depois em Famalicão, para a I Liga), Silas não escondeu na antevisão de um dos clássicos do futebol português — foi o 126.º duelo entre “leões” e “panteras” — que a “intensidade do jogo da Liga Europa” iria obrigar a alterações profundas no “onze” sportinguista.

Com Coates (castigado) e Mathieu (lesionado) fora de combate, a titularidade de Luís Neto e Tiago Ilori no centro da defesa dos “leões” não foi notícia, mas poucos horas antes do início da partida, a revelação da lista de convocados confirmava as palavras de Silas na véspera: Acuña e Eduardo também ficavam fora de jogo.

Mas as ausências não se ficaram por aí. Ristovski também começou a partida no banco e, dessa forma, a revolução na defesa “leonina” ficava completa: Rosier e Borja ocuparam as laterais. A aposta de Silas implicava algum risco, mas a inoperância ofensiva do Boavista simplificou a vida ao técnico sportinguista. Já Luciano Vietto assumiu o papel de patrão, enquanto Andraz Sporar e Gonzalo Plata estrearam-se a marcar na I Liga.

Plata e Vietto os homens do jogo

Depois de ter dito na véspera que tinha “um balneário disponível e com a ambição de regressar aos pontos”, Daniel Ramos surgiu em Alvalade com algumas novidades: Marlon, Obiora e Heri ficaram de fora, entrando para os seus lugares Sauer, Cassiano e Reisinho, a grande surpresa. O médio tinha apenas 32 minutos no campeonato, curiosamente contra o Benfica, outro dos “grandes”.

Perante um Boavista bem recuado — Carraça e Sauer, nas laterais, surgiam quase sempre na mesma linha de Fabiano, Ricardo Costa e Neris —, o Sporting começou por sentir dificuldades em furar a barreira defensiva dos “axadrezados”, mas o minuto 13 fez ruir a estratégia de Daniel Ramos.

Plata, que repartiu com Vietto o galardão de protagonista, marcou um livre e Sporar, que já tinha marcado na quinta-feira na Liga Europa, aproveitou a passividade de Neris para desviar para o fundo da baliza de Helton Leite.

Com a equipa formatada para defender, o Boavista não mostrou capacidade para reagir. Com Paulinho escondido no lado direito e uma dupla Ackah/Reisinho no centro demasiado “verde” (ambos têm 20 anos), o meio campo “axadrezado” revelou-se inoperante a nível ofensivo e muito permissivo na cobertura defensiva: Vietto teve sempre muita liberdade. 

Como resultado disto, o Sporting manteve um domínio tranquilo e, sem surpresa, chegou ao segundo golo antes do intervalo.

Aos 42’, Borja cruzou e Plata, que já tinha visto um golo ser bem invalidado por fora de jogo, aproveitou uma bola perdida na área para rematar de primeira, fazendo um golo de qualidade.

Com dois golos de vantagem, Silas mudou o chip dos seus jogadores ao intervalo. Já com a longa viagem até Istambul a meio da semana no ponto de mira, o Sporting baixou o ritmo, mas não encontrou grande resposta do outro lado.

Sem soluções, o Boavista continuava a não conseguir aproximar-se da baliza de Max e Silas aproveitou para fazer descansar dois dos principais trunfos para o duelo contra o Basaksehir: Sporar saiu aos 73’; Vietto nove minutos depois.

Só a partir daí, se viu um pouco da ferocidade da “pantera”, mas quando foi preciso, Max voltou a demonstrar todo o seu talento: já no período de descontos, o jovem guarda-redes fez a defesa do jogo a remate de Sauer, garantindo que, quatro jogos depois, o Sporting voltasse a não sofrer golos.

Sugerir correcção
Ler 3 comentários