Pina Moura. Sempre nos bastidores do poder

Por ordens de Álvaro Cunhal diluiu na Juventude Comunista Portuguesa as veleidades da burguesia estudantil da UEC. Com António Guterres, organizou os Estados-Gerais, foi autor das palavras de ordem do PS, “As pessoas primeiro” e “A paixão pela Educação”, e desenhou a estratégia da “geometria variável” na gestão dos apoios parlamentares. Influente, apelidado de Cardeal Richelieu de Guterres, foi secretário de Estado adjunto, ministro da Economia e titular das Finanças.

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Em 1997, Pina Moura na tomada de posse como ministro da Economia, com António Guterres Luis Vasconcelos/arquivo

“Sabes quem é o nosso homem em Portugal? Pina Moura, escolhi bem?” Com a sua peculiar forma de comunicar num português da raia de Zamora, Sánchez Galán, presidente da Iberdrola, dava a novidade ao correspondente do PÚBLICO em Espanha. Corria o ano de 2004 e Joaquim Pina Moura, ainda deputado do PS e que como ministro da Economia de António Guterres tutelara o sector energético nacional, passava a representar os interesses da poderosa eléctrica espanhola no mercado português. O que suscitou acesa polémica. Era a consagração de um percurso nascido na política, sempre nos bastidores do poder.

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