Caso Marega: PSP já identificou alguns adeptos que insultaram jogador

As imagens de videovigilância têm sido fundamentais para a identificação dos suspeitos de infracções criminais e contra-ordenacionais.

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Moussa Marega abandonou o campo durante a partida contra o V. Guimarães, na sequência de insultos. LUSA/HUGO DELGADO

A Polícia de Segurança Pública (PSP) já terá identificado alguns dos adeptos que insultaram Moussa Marega com cânticos e gritos racistas, no jogo do FC Porto frente ao Vitória de Guimarães, no domingo.

A noticia é avançada pela TVI que refere que as imagens de videovigilância têm sido fundamentais para a identificação dos suspeitos de infracções criminais e contra-ordenacionais.

Na segunda-feira, a PSP referiu que este tipo de comportamentos racistas e xenófobos configuram “um crime previsto e punido no Código Penal”, com uma pena de prisão de seis meses a cinco anos, ou com uma coima entre os mil e os dez mil euros. Na noite de domingo, pouco depois de o jogo ter terminado, a PSP — que estava responsável pelo policiamento da partida — tomou conta da ocorrência, mas não conseguiu identificar os suspeitos no local “em face da moldura humana e concentração de pessoas”.

Moussa Marega, avançado do FC Porto, abandonou o campo durante a partida contra o V. Guimarães no último domingo, depois de ter ouvido insultos vindos das bancadas do Estádio D. Afonso Henriques. Chegou a receber um amarelo do árbitro Luís Godinho durante o jogo, quando colocou uma das cadeiras que lhe atiraram para o relvado em cima da cabeça.

Marega ouviu expressões como “macaco”, “chimpanzé” ou “preto” e sons que se assemelhavam aos de símios vindos das bancadas do estádio vimaranense. Os incidentes foram imediatamente repudiados por várias instituições desportivas e governativas, com as imagens a serem difundidas internacionalmente.

“Acho que [os meus colegas de equipa] não compreenderam a minha reacção, ficaram chocados com a minha intenção de sair. Tentaram acalmar-me porque me conhecem muito bem e sabem que quando me enervo tenho comportamentos mais duros”, declarou Moussa Marega entrevista à rádio francesa RMC, esta segunda-feira. O avançado maliano revelou ter sentido “uma grande humilhação”, afirmando que após ter ouvido os sons de macaco se tornou “inconcebível” permanecer em campo.

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