Forte da Ínsua, “abandonado há décadas”, vai tornar-se centro turístico com alojamento

Monumento Nacional, o forte fica na pequena ilha rochosa entre Moledo e Caminha. Agora, será recuperado e gerido pela DiverLanhoso, empresa que têm um parque aventura.

,Illa Ínsua
Fotogaleria
Com o Forte da Ínsua no horizonte CM Caminha
,Farol Ínsua
Fotogaleria
Forte da Ínsua DGPC
,Illa Ínsua
Fotogaleria
Forte da Ínsua DGPC
,Praia de Caminha
Fotogaleria
Forte da Ínsua DGPC
Fotogaleria
Forte da Ínsua Paulo Ricca
Fotogaleria
Forte da Ínsua Enric Vives-Rubio
Fotogaleria
Forte da Ínsua Enric Vives-Rubio

O Forte da Ínsua, em Caminha, “abandonado há décadas”, vai reabrir no início de 2022 transformado em centro de actividades turísticas com alojamento, “num conceito de quatro estrelas”, segundo disse à agência Lusa o presidente da câmara, Miguel Alves, adiantando que a intervenção naquele imóvel, cujo valor não foi revelado, foi adjudicada à DiverLanhoso.

A empresa, também responsável por um parque aventura na Póvoa de Lanhoso, no distrito de Braga, venceu o concurso público para a concessão do imóvel lançado em Julho de 2019 pelo programa governamental Revive. Àquele procedimento concorreram quatro empresas, três portuguesas e uma francesa.

Foto
O forte na Ínsua de Santo Isidro Paulo Ricca

O Forte da Ínsua, construído entre 1649 e 1652, encontra-se numa pequena ilha rochosa, na foz do rio Minho, perto da costa. Está situado na Ínsua de Santo Isidro, na freguesia de União das Freguesias de Moledo e Cristelo, em Caminha, no distrito de Viana do Castelo.

Para Miguel Alves, o projecto vencedor representa a “valorização de um dos símbolos maiores do concelho e da região, o aproveitamento de um edificado em abandono, o lançamento de uma nova actividade económica no concelho que vai trazer mais gente, criar mais emprego e honrar o passado e o futuro da nossa terra”.

O projecto prevê a “instalação de um estabelecimento de alojamento local no interior da fortaleza, respeitando todas as regras de preservação do edificado histórico”, adianta-se, explicando que o espaço integra-se "na modalidade de estabelecimento de hospedagem": deverá ter em redor de oito quartos duplos, além de “zonas de estar, salas de refeições, zonas de apoio e outras estruturas”.

A empresa vencedora irá também “desenvolver um conjunto de actividades de animação turística na área do touring cultural e paisagístico”, explicou Miguel Alves. “O projecto aposta na animação turística de um espaço monumental, numa ligação ao mar, ao estuário do rio Minho, à praia de Moledo, à Foz do Minho e à margem galega”.

O autarca adiantou ainda que haverá sessões com recriações históricas e actividades de escape rooms, integrando-se “elementos de realidade aumentada que tornem a experiência vivida mais imersiva”. Em complemento: passeios guiados ao longo do rio Minho, actividades de água em rio e mar (deverão ser adquiridos hovercrafts e um veículo anfíbio, que “também poderão assegurar o transporte para a ilha").

O projecto empresarial prevê ainda a realização de “diversas actividades na costa, aproveitando todo o potencial natural e paisagístico da região”.

A inauguração da nova vida do Forte da Ínsua “deverá acontecer 24 meses após a adjudicação do júri do concurso presidido pela Câmara Municipal de Caminha”.