Há música clássica a ser desarrumada no Lux-Frágil

É possível experienciar música clássica, para lá das etiquetas comportamentais, ao mesmo tempo que se interroga o presente sociopolítico a partir de obras canónicas? Em sessões no Lux-Frágil, em Lisboa, ou nas aldeias do interior, o maestro Martim Sousa Tavares acredita que sim.

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Na maior parte das vezes sobe-se a escadaria do Lux-Frágil, em Lisboa, e começa-se de imediato a ouvir música moderna de combinação electrónica. Naquela noite percebia-se que algo diferente acontecia. Não era só o som. Eram também as pessoas, com um público mais ecléctico do que o habitual, dispostas a ouvir a Viagem de Inverno de Franz Schubert, o ciclo de canções para voz e piano escritas há mais de dois séculos.

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