Na última vez que Lurdes Azevedo foi à urgência do Hospital de São João com a sogra, que sofre de insuficiência cardíaca e é utente frequente do serviço, passou uma noite inteira à espera que lhe dissessem alguma coisa, sem ousar sair. Foi no final do ano passado e Lurdes recorda que permaneceu sem qualquer informação até “às seis da manhã”. Esta sexta-feira, sentada na sala de espera dos doentes triados como muito urgentes, ia perscrutando o telemóvel com satisfação. De tanto em tanto tempo recebia mensagens sobre o percurso da familiar. “Está a ser observada por um médico”, “aguarda a realização de exames”. Um descanso. “Hoje até consegui tomar o pequeno-almoço”, suspira.
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