Xi Jinping: era uma vez um autocrata que deu uma mãozinha ao vírus
Os autocratas não respondem perante o eleitorado e por isso são péssimos gestores de catástrofes. As democracias não evitam as catástrofes, mas limitam o seu potencial mortífero.
Poucos dias depois do reconhecimento pelas autoridades chinesas da crise do novo coronavírus, o nosso espaço público encheu-se de odes à eficácia do regime chinês. Ele era a construção de dois novos hospitais, variando as notícias na duração da construção, entre os 6 e os 12 dias, mas concordando no regozijo do “tempo recorde”. Ele era a decisão inédita de parar uma cidade de vários milhões de habitantes, uma medida de eficácia duvidosa agora que sabemos que já tinha passado o momento certo para fazer o óbvio para estancar a epidemia: reagir aos primeiros sinais.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.