Doença do novo coronavírus passa a chamar-se Covid-19

A Organização Mundial da Saúde altera a designação oficial do coronavírus, no primeiro dia de uma reunião que junta peritos de todo o mundo em Genebra, na Suíça. A organização também estima que uma vacina contra o Covid-19 deva demorar cerca de um ano e meio a ser desenvolvida.

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Director-geral da OMS afirma que a comunidade científica está a trabalhar para “acelerar o progresso” Reuters/DENIS BALIBOUSE

A infecção provocada pelo novo coronavírus detectado na China passa a ter o nome oficial de Covid-19, decidiu nesta terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS) no primeiro de dois dias de reunião entre cerca de 300 peritos internacionais.

A OMS decidiu usar um nome que seja fácil de pronunciar e que não remeta para uma localização geográfica específica, um animal ou grupo de pessoas para evitar estigmatizações, segundo disse o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, em conferência de imprensa.

O nome nasce do acrónimo em inglês da expressão “doença por coronavírus” (“corona virus disease”).

Tedros Adhanom Ghebreyesus referiu ainda que a OMS estima que uma vacina contra o Covid-19 deva demorar cerca de um ano e meio a ser desenvolvida. “A primeira vacina poderá estar pronta em 18 meses. Agora temos de nos preparar para usar as armas que temos ao nosso alcance para lutar contra este vírus”, declarou o director-geral da OMS. Também adiantou aos jornalistas que o director-executivo da OMS para as Emergências em Saúde, Michael Ryan, vai liderar a partir desta terça-feira um gabinete de crise para coordenar a resposta contra a epidemia pelo actual coronavírus.

Cientistas, investigadores e peritos de saúde pública estão a partir desta terça-feira em Genebra (Suíça) num fórum de dois dias para debater formas de controlar e lidar com o surto do novo coronavírus detectado na China.

A reunião, que junta investigadores, peritos e responsáveis de saúde, foi convocada pela OMS e pretende coordenar os esforços para encontrar respostas para a nova epidemia.

Numa declaração escrita, o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, afirma que “aproveitar o poder da ciência é fundamental para controlar este surto. Há respostas de que precisamos e ferramentas que temos de desenvolver o mais rapidamente possível. A OMS está a desempenhar um papel de coordenação, reunindo a comunidade científica para identificar prioridades de pesquisa e acelerar o progresso”.

Na reunião, que decorre entre terça e quarta-feira, os participantes vão discutir vários temas, como a identificação da fonte do vírus ou a partilha de amostras biológicas e sequências genéticas.

O novo coronavírus detectado na China já provocou mais de 43 mil infectados e mais de mil mortos, sendo que apenas uma das vítimas mortais ocorreu fora da China, nas Filipinas.