A comunidade da Porta-Jazz celebra-se no risco
À décima edição, o Festival Porta-Jazz levou ao Teatro Rivoli uma cada vez mais sólida cena portuense. Susana Santos Silva, João Mortágua, Orquestra Jazz de Matosinhos e Coreto Porta-Jazz deram substância a um movimento que se afirmou em definitivo.
Não escapa a qualquer observador internacional que aterre no Festival Porta-Jazz: ao contrário do que acontece em quase todos os outros festivais de jazz mundo fora, aqui a programação celebra a comunidade local e não se afirma pelo peso que os grandes nomes mundiais ocupam no cartaz. A medida de sucesso do Festival Porta-Jazz faz-se, assim, através do alargamento da comunidade e do poder de atracção de um público cada vez mais numeroso em torno dessa partilha, mas com a preocupação de não trair o seu propósito original – dar visibilidade ao jazz com epicentro no Porto. Daí que, chegados à décima edição, encontremos um festival que cresceu do Bar Galeria Paris (em Dezembro de 2010) até ao Teatro Rivoli, ao mesmo tempo que volta a programar nomes que compuseram a primeira edição, como Susana Santos Silva ou a Orquestra Jazz de Matosinhos (OJM). Aquilo que propõe é, na verdade, o mesmo; aquilo que mudou foi a crescente atenção exigida e conquistada pelos seus protagonistas.
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