Quase 30% do que a consultora de Vitorino recebeu foi pago por empresa suspeita de corrupção

Entre 2012 e 2018, a empresa que o actual director-geral da Organização Internacional para as Migrações tem com a mulher arrecadou 912 mil euros. Político terá recebido directamente 70 mil euros de uma sociedade de advogados espanhola, que não declarou pagamentos ao fisco de Espanha.

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Rui Gaudêncio

António Vitorino, ex-ministro português e actual director-geral da Organização Internacional para as Migrações (OIM), tem desde final de 2011 uma empresa de consultadoria com a mulher, que terá recebido três transferências de 255 mil euros, realizadas entre 2012 e 2016, por uma sociedade de advogados espanhola, a Morodo Abogados, investigada em Espanha por suspeitas de participar num esquema de corrupção que envolve a petrolífera estatal venezuelana, a PVDSA. O valor recebido pela EMAB Consultores, Lda, detida em partes iguais por Vitorino e pela mulher, representa 28% do total de receitas arrecadadas pela empresa entre 2012 e 2018, segundo os relatórios de contas da empresa a que o PÚBLICO teve acesso.

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