Novo coronavírus: testes negativos para dois casos suspeitos em Portugal

Estes foram o terceiro e o quarto casos suspeitos em Portugal. E continua a não haver nenhuma confirmação.

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Andre Rodrigues

Os dois casos suspeitos de infecção pelo novo coronavírus (conhecido como 2019-nCoV) são negativos, informou esta quarta-feira a Direcção-Geral de Saúde em comunicado. Os dois casos foram tornados conhecidos na terça-feira a noite.

Os dois doentes são homens, de 40 e 44 anos, e receberam assistência médica no Hospital Curry Cabral em Lisboa, uma das duas unidades de referência da capital para o tratamento destes casos a par com o Parque da Saúde. 

Estes foram o terceiro e o quarto casos suspeitos em Portugal. Até agora, não há nenhum caso confirmado.

Um dos homens, de 44 anos, português residente na Grande Lisboa, cumpria “dois critérios para ser validado” como suspeito: “Sintomas compatíveis com a nova infecção e uma ligação epidemiológica em função do percurso dos últimos dias”.

O segundo homem, de 40 anos, também residente na Grande Lisboa, teve contacto com cidadãos alemães que adoeceram e por isso “estava em vigilância”, sendo que os sintomas foram detectados precocemente”, explicou Graça Freitas numa conferência de imprensa na terça-feira à noite.

Mais de 20 mil infectados em todo o mundo

O número de mortos e infectados pelo novo coronavírus na China continua a aumentar. Morreram 490 pessoas só na China, 64 delas nas últimas 24 horas, anunciaram esta quarta-feira as autoridades de saúde chinesas. Em todo o mundo morreram, desde o fim de Dezembro, 492 pessoas: uma pessoa em Hong Kong e outra nas Filipinas, ambas com ligação à província chinesa de Hubei, epicentro do surto.

Há pelo menos 24.492 pessoas infectadas com o novo coronavírus na China e 24.505 casos confirmados em todo o mundo.

​A recuperação, é, no entanto, possível. Em média, um doente precisa de nove dias para recuperar totalmente. Em Hubei, como há mais casos e menos meios para os tratar, o tempo de recuperação é superior: 20 dias. De acordo com os dados da Universidade de Johns Hopkins, nos EUA, que tem estado a actualizar os números relativos a este vírus, 911 pessoas recuperaram na China depois de terem sido diagnosticadas com o novo coronavírus. ​

O vírus já matou mais na China do que a epidemia de SARS (síndrome respiratória aguda grave). No entanto, a taxa de mortalidade é menor: no caso do novo coronavírus é de 2,1%, de acordo com a Comissão Nacional de Saúde chinesa. Na província de Hubei, epicentro do surto, a taxa é ligeiramente mais alta: 3,1%. Foi nesta província que se registaram cerca de 97% de todas as mortes. A taxa de mortalidade durante a epidemia de SARS foi de 10%. 

Cerca de 80% das vítimas mortais deste vírus tinham mais de 60 anos e 75% tinham outras doenças que não o coronavírus. Dois terços das vítimas eram do sexo masculino, de acordo com o último relatório da Comissão Nacional de Saúde chinesa.

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