EUA vão negar a entrada a estrangeiros que tenham estado na China nas últimas duas semanas

O objectivo é parar a propagação do novo coronavírus responsável pelo surto que começou em Wuhan.

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Chegadas no aeroporto O'Hare, em Chicago Reuters/KAMIL KRZACZYNSKI

Os Estados Unidos vão negar a entrada no país a todos os cidadãos estrangeiros que tenham estado na China nos últimos 14 dias, anunciou esta sexta-feira a administração de Donald Trump, ao mesmo tempo que declarava emergência de saúde pública. O objectivo é parar a propagação do novo coronavírus responsável pelo surto que começou em Wuhan.

“Os Estados Unidos vão suspender temporariamente as entradas no país de quaisquer cidadãos estrangeiros que tenham risco de transmissão do novo coronavírus”, disse o secretário da Saúde Alex Azar. A suspensão entra em vigor na tarde de domingo e abrange todos os estrangeiros, excepto os familiares directos de cidadãos norte-americanos ou de residentes, segundo o New York Times.

Azar disse também que os cidadãos norte-americanos que tenham estado na província de Hubei serão sujeitos a uma quarentena de 14 dias no regresso aos Estados Unidos. Os regressados de outras partes da China serão avaliados à chegada e terão de manter contacto durante 14 dias.

Quanto aos 195 cidadãos norte-americanos que foram retirados de Wuhan, vão ficar de quarentena numa base militar na Califórnia durante 14 dias.

Algumas das maiores companhias aéreas norte-americanas, como a Delta, a American e a United disseram esta sexta-feira que vão suspender os voos para a China continental, segundo avança a Associated Press.

Esta sexta-feira as autoridades chineses informaram que o número de infectados com o vírus subiu para 11.791 e que o número de mortos chegou aos 259 – 192 em Wuhan, que continua de quarentena, sem transportes públicos e com estadas fechadas. Além do território continental da China e das regiões chinesas de Macau e Hong Kong, há mais de 50 casos de infecção confirmados em 24 outros países, com as novas notificações na Rússia, Suécia e Espanha.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) declarou na quinta-feira uma situação de emergência de saúde pública de âmbito internacional por causa do surto.

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