Entre o cá e o lá, uma vida que não espera
Morar nos subúrbios é ser símbolo de um tempo que todos os dias perdemos e que já não volta. Fiz as contas: este mês vou perder sete dias de trabalho entre o cá e o lá.
Um exército de nós, aos magotes nos átrios das estações e nas paragens dos autocarros, todos os dias os mesmos, às mesmas horas. À espera entre o suprimido e o atrasado. Agarrados à rotina e fartos dela. Cansados! Os primeiros a sair, os últimos a chegar. Empurrados para longe dos sonhos e ambições pelo parco salário que resta nos últimos dias do calendário.
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