Arthur Jafa: louvando a beleza de uma cultura violentada

Traz a sua obra ao Museu de Serralves. Para lembrar e celebrar connosco a história e a cultura afro-americana.

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É da história da cultura negra dos Estados Unidos que Arthur Jafa concebe e constrói as suas imagens e narrativas José Caldeira

Na vida cultural portuguesa, será um dos acontecimentos de 2020: Arthur Jafa (Tupelo, Mississipi, 1960) no Museu de Serralves. Depois ter marcado presença no Fórum Futuro, no Porto, o vencedor do Leão de Ouro na Bienal de Veneza de 2019 vem mostrar, em Fevereiro, a sua obra. Uma brevíssima apresentação: trabalhou com Stanley Kubrick (De Olhos Bem Fechados), Spike Lee, Beyoncé, Solange, Kanye West. É um artista visual, um fotógrafo, um activista, um cineasta. E é um homem afro-americano. Esta sequência abre pistas para o significado da exposição Uma Série de Interpretações Absolutamente Improváveis, Ainda Assim Extraordinárias e para o extenso e intenso programa paralelo. Sim, é da história da cultura negra dos Estados Unidos que Arthur Jafa concebe e constrói as suas imagens e narrativas. Interpelando-nos sobre o processo de desumanização e exclusão que ainda persiste sobre os afro-americanos no seu país. E, ao mesmo tempo, engrandecendo a beleza e o poder da cultura negra, dos seus intérpretes e produções.

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