Se se metem com o futebol, levam!
O populismo habita o futebol, mas não se vê ao espelho. O mal de Rui Pinto foi que, para ganhar uns cobres, deu-lhes um espelho indesejado.
Se eu olhar para a televisão sem som, o maior criminoso português e europeu é um homem com ar de adolescente tardio, com cabelo espetado para cima, completamente nerd. Vejo esse homem-rapaz algemado, transportado por polícias de várias nacionalidades, com aspecto de ser um enorme risco de segurança, a julgar pelo aparato à sua volta, de um lado para o outro. O ar dele é de desafio e nunca faz aquela cena de esconder a cara. Pelo contrário, parece arrogante ou pelo menos indiferente ao que o rodeia, pelo que ainda mais criminoso me parece. Não me lembro de ver pedófilos, assaltantes, homicidas a serem expostos e “passeados” assim pelas polícias.
O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.