António José Seguro não afasta um regresso à política

Sobre descentralização, ex-líder do PS diz que “é um meio para o desenvolvimento do interior”.

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António José Seguro, ex-líder do PS fvl Fernando Veludo/NFACTOS

António José Seguro não exclui a hipótese de, no futuro, reverter a decisão de interromper a sua carreira política. Em entrevista ao Jornal do Fundão, publicada nesta quinta-feira, o antecessor de António Costa no PS garante que um regresso não está nos seus horizontes, nem mais próximos nem mais longínquos”, mas reconhece que não é “hipócrita” e, por isso, não irá dizer: “Nunca, jamais, em tempo algum”.

“Acho que nada na vida é irreversível, a não ser a morte. Não sou hipócrita a dizer: ‘Nunca, jamais, em tempo algum’. Agora, não está nos horizontes, nem mais próximos nem mais longínquos”, responde António José Seguro quando questionado sobre se o seu afastamento da política é “irreversível”.

Sem arriscar premonições, o socialista reconhece que “há quem veja nele um candidato a muita coisa”: à Câmara da Guarda, à da Penamacor e até à Presidência da República. "Ontem estava a jantar com uns amigos e, a certa altura, sentou-se outro amigo que disse: “ah, fala-se ali na Guarda que vais ser o candidato à Câmara da Guarda”. Temos “candidato à Câmara de Penamacor”, “candidato à Câmara da Guarda”, “candidato à Presidência da República”, revela Seguro.

Sobre descentralização, o agora empresário diz ainda que “é um meio para o desenvolvimento do interior” e defende um “choque fiscal”.

O ex-líder do PS desapareceu da vida política há cinco anos, quando perdeu a liderança do partido para o actual primeiro-ministro. Desde então, o ex-secretário-geral do PS manteve-se discreto, longe do Largo do Rato e quase sempre em silêncio. A viver em Penamacor, de onde é natural e onde tem um negócio turístico de cinco casas e de vinhos (e quer lançar-se no azeite), António José Seguro confessa que a pergunta que mais tem ouvido é, justamente, “quando é que volta?”. Mas para isso não tem resposta.

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