Laos: Vienciana dormitando nos braços do Mekong
A capital do Laos é uma cidade pequena e pacata à luz dos padrões orientais. De testemunha e protagonista de áureas eras, quando o reino de Lan Xang rivalizava com o do Sião e com o império Khmer, Vienciana passou a jovem revolucionária na segunda metade do século XX e aspira agora a Cinderela num mundo globalizado.
Como nas histórias antigas: era uma vez um reino distante, um reino de alturas e montanhas nevadas, onde três grandes rios recebiam as suas primeiras águas. O preâmbulo da história anuncia-se de cariz eco-geográfico: uma montanha (na verdade uma complexa cordilheira) gerou – e continua a gerar – lá para as bandas do Tibete as correntes de três rios gigantes, dos maiores que na Ásia há. O Mekong, o Huan He e o Yangtse, todos nascidos no planalto tibetano, onde iniciam a sua longa jornada até ao mar da China e ao mar Amarelo. Dois deles, o Yangtse e o Huan He – o rio Amarelo – mergulham no coração do Império do Meio e só ao terceiro tocou a sina de se fazer fronteira entre uma meia dezena de países e de no seu curso inspirar duas capitais e meia: Vienciana, Phnom Penh e Ho-Chi-Minh, a antiga Saigão.
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