MoMA reinventado
Nas paredes há cada vez menos informação. Determinadas palavras foram banidas: Fauvismo, Dadá, Expressionismo, Pop... Eliminam-se hierarquias entre materiais, assume-se que não há história da arte moderna e contemporânea única ou completa. E celebram-se artistas que ficaram sistematicamente de fora. O novo Museum of Modern Art de Nova Iorque quer ser inclusivo: recebendo pessoas que não sabem as especificidades da história da arte e ajudando artistas a afirmar o seu lugar. Pretende ocupar um espaço cultural, político.
Hello. Again. dizem-nos as letras pretas em fundo branco, assim que entramos no novo MoMA. O Museu de Arte Moderna de Nova Iorque reabriu ao público no final de Outubro, depois de um projecto de renovação ambicioso. Sendo um dos principais repositórios de arte moderna do mundo, com peças assinadas por Andy Warhol, Yoko Ono, Keith Haring, Cindy Sherman, Pollock, entra agora, no seu 90º aniversário, numa nova era. É debaixo de uma chuva miudinha que os turistas fazem fila para entrar. Com um mapa das galerias na mão, procurarão certamente a Gold Marilyn Monroe (1962), de Warhol, o Self-Portrait with Cropped Hair (1940), de Frida Kahlo, e a incontornável The Starry Night (1889), de Vincent van Gogh, na colecção do museu desde 1941. Mas há esperança que os três milhões que visitam o MoMA anualmente também se deixem surpreender, que descubram novas perspectivas, novos artistas e que se deixem guiar pelos novos olhares sobre a arte moderna.
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