Congresso do PS é em Portimão a 30 e 31 de Maio

Eleição do secretário-geral socialista é a 15 e 16 de Maio, no mesmo dia e que é eleita a presidente das Mulheres Socialistas. Congressos federativos são a 4 e 5 de Abril.

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Último congresso realizou-se em 2018, na Batalha Rui Gaudencio

Portimão é a cidade escolhida pela direcção do PS para realizar o XXIII Congresso do partido, que se realiza a 30 e 31 de Maio. O último congresso realizou-se na Batalha a 25, 26 e 27 de Maio de 2018. Duas semanas antes da reunião magna, na sexta-feira, 15 de Maio, e no sábado, 16, realizam-se as eleições directas para secretário-geral. Até agora, o único candidato ao cargo é o actual líder, António Costa.

Nos mesmos dias, os socialistas votam para a eleição da presidente das Mulheres Socialistas, lugar que é ocupado por Elza Pais. São então eleitos também os delegados ao congresso.

A pensar nas autárquicas

O XXIII Congresso nacional do PS irá eleger os órgãos directivos do partido para os próximos dois anos, um período que inclui as próximas autárquicas previstas para Outubro de 2021. Logo, o conclave de Portimão servirá para lançar o PS nesse desafio, que será difícil para os socialistas. As autárquicas realizar-se-ão ao fim de seis anos de Governo de António Costa e o PS parte para essas eleições com patamares de sucesso difíceis de superar.

Em 2017, o PS ganhou em 159 câmaras sozinho e mais duas em coligação, 144 das quais com maioria absoluta. Isto depois de, em 2013, ter conquistado a presidência de 149 câmaras, mais o Funchal em coligação, garantindo então a presidência da Associação Nacional de Municípios Portugueses. 

Para enfrentar o desafio das autárquicas, o PS irá envolver as estruturas partidárias, mas também procurará abrir o debate com não militantes socialistas nas várias regiões do país. Esse propósito será enquadrado por uma estratégia nacional de defesa da coesão social e territorial, assim como de desenvolvimento regional. Simultaneamente, e em associação com essa linha programática, o PS apostará ainda na consolidação do processo de descentralização, cuja primeira fase termina em 2021 com a transferência e competências para os municípios.

A estratégia socialista passa também pelo debate a nível nacional sobre a segunda fase do processo de descentralização, ou seja, a defesa da proposta prevista no Programa do Governo de António Costa de eleição indirecta das direcções das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais (CCDR) por um colégio eleitoral composto pelos autarcas da respectiva região: presidentes das câmaras, vereadores, deputados às assembleias regionais e presidentes das juntas de freguesia. 

Congressos federativos

O processo de preparação do congresso arranca no sábado, no Porto, com a reunião da comissão nacional que irá aprovar o calendário, o regulamento e o número de delegados a eleger. As datas indicadas pela direcção do PS podem ainda ser alteradas neste encontro.

No calendário proposto pela direcção socialista, a que o PÚBLICO teve acesso, os dias 31 de Janeiro e 1 de Fevereiro surgem como as datas indicadas para a eleição das secções concelhias, primeiro passo que conduzirá a estrutura do PS ao congresso de Portimão.

Três dias depois, a 4 de Fevereiro, a direcção socialista sugere que se realizem as reuniões das comissões políticas das federações distritais para eleger as comissões de organização dos respectivos congressos federativos, os quais decorrerão a 4 e 5 de Abril.

Antes, a 13 e 14 de Março, decorrem as eleições para presidentes das federações, bem como das presidentes das Mulheres Socialistas a nível distrital e dos delegados aos congressos federativos.

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