Fantasia viva num corpo chamado White Haus
Pensado como set de DJ, concretizado como síntese entre formato canção e hedonismo em pista de dança – pensemos no funk sintético de Prince, pensemos em electro e em house –, Body Electric é o terceiro e o melhor álbum de White Haus.
Estava em Londres. Tinha abandonado o curso de Gestão e partido para a capital inglesa para estudar design, para formar uma banda, para viver e intervir nos clubes como espaço de liberdade. Um dia os pais foram visitá-lo. Ele contou-lhes as histórias do que andava a fazer por ali, em meados dos anos 1990 — a banda, os clubes, os olhos a brilhar enquadrados em pintura glam. A mãe ouviu e comentou, “vives num mundo em que tudo é uma fantasia”. Ele concordou. “Pois é, mas não é espectacular viver numa fantasia? Assim, posso ser realmente quem quero”.
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