Três candidaturas à presidência do PSD formalmente aceites

Pelo menos 40 mil militantes do PSD com as quotas em dia podem votar nas directas para escolher o próximo presidente

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FRANCISCO ROMAO PEREIRA

As candidaturas à presidência do PSD de Rui Rio, Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz foram nesta quinta-feira formalmente aceites pelo Conselho de Jurisdição Nacional do partido, disse à Lusa o secretário-geral adjunto Hugo Carneiro.

De acordo com o cronograma e regulamento das eleições directas e do 38.º Congresso, terminava hoje o prazo para a publicação das candidaturas a presidente do PSD e das respectivas Propostas de Estratégia Global, o que aconteceu a meio da tarde desta quinta-feira.

Contactado pela Lusa, o secretário-geral adjunto do PSD Hugo Carneiro confirmou que o órgão jurisdicional do partido validou as três candidaturas entregues.

A candidatura de Rui Rio formalizou o processo na sexta-feira, enquanto o antigo líder parlamentar do PSD Luís Montenegro entregou pessoalmente as assinaturas no último dia do prazo, segunda-feira. Na mesma data, também a candidatura do actual vice-presidente da câmara de Cascais formalizou o processo de Pinto Luz na sede nacional do partido.

Os estatutos do PSD estabelecem que compete ao Conselho de Jurisdição Nacional “receber as candidaturas a presidente da Comissão Política Nacional, assegurar a transparência, garantir a imparcialidade e fiscalizar a regularidade do processo eleitoral”.

Estas serão as nonas eleições directas para escolher o presidente do PSD, desde que o método foi introduzido no partido em 2006, e as primeiras disputadas entre três candidatos.

Das oito eleições directas já disputadas no PSD, em quatro apenas houve um candidato a líder, caso da primeira que consagrou Marques Mendes por este novo método e das três reeleições do anterior presidente, Pedro Passos Coelho.

Só por duas vezes as directas foram disputadas entre dois candidatos: em 2007, entre Marques Mendes e Luís Filipe Menezes, que o segundo venceu com uma diferença de dez pontos percentuais; e em 2018, entre Rui Rio e Pedro Santana Lopes, que o actual presidente do PSD venceu com uma diferença de oito pontos.

Noutras duas ocasiões, as directas no PSD foram disputadas entre quatro candidatos: em 2008, entre Manuela Ferreira Leite, Pedro Passos Coelho, Pedro Santana Lopes e Patinha Antão - as mais renhidas até hoje, com diferenças de menos de 10 pontos entre os três primeiros - e em 2010, entre Pedro Passos Coelho, Paulo Rangel, José Pedro Aguiar-Branco e Castanheira Barros.

As eleições directas do PSD realizam-se em 11 de Janeiro entre as 14h e as 20h, e, se nenhum dos três candidatos obtiver mais de 50% dos votos, haverá uma segunda volta uma semana depois.

Pelo menos 40 mil militantes do PSD com as quotas em dia podem votar nas directas para escolher o próximo presidente, segundo dados provisórios disponibilizados no site do partido após o encerramento dos cadernos eleitorais, em 22 de Dezembro.