Circulação restabelecida na linha do Norte. Linha da Beira Alta parada

Descida do nível das águas em Alfarelos permite que o trânsito ferroviário se efectue, em via única, entre Ameal Sul e Alfarelos e sujeito à velocidade de 30 Km/hora. Várias linhas estão com problemas, numa altura do ano em que portugueses viajam para o Natal.

Trânsito rápido
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Enric Vives-Rubio
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A água na linha impediu a circulação durante o sábado e manhã de domingo LUSA/PAULO NOVAIS

A Infraestruturas de Portugal já permitiu que os comboios voltem a circular na zona de Alfarelos, depois de verificadas as condições de segurança da via na sequência da descida do nível das águas. Desta forma, a CP poderá retomar o serviço de longo curso (Alfas e Intercidades) entre Lisboa e o Porto, embora vá demorar algumas horas até a circulação ficar normalizada. Este serviço estava interrompido desde ontem, sábado.

Os comboios, porém, irão circular com restrições de velocidade e só numa das vias.

Fonte oficial da CP explicou ao PÚBLICO que a empresa não assegurou a sua oferta de longo curso com transbordo rodoviário entre Pombal (ou Soure) e Coimbra porque “não existe disponibilidade, na quantidade necessária e suficiente, de meios rodoviários e as vias rodoviárias da região em causa também foram afectadas pelas intempéries, dificultando a circulação rodoviária”.

No entanto, tecnicamente, nada impedia que a CP tivesse assegurado o seu serviço de longo curso desde Viana do Castelo, Guimarães, Braga e Porto para Coimbra. Por outro lado, a sul de Alfarelos, a linha do Norte manteve-se operacional para que os Intercidades pudessem circular entre Lisboa e Pombal.

No concelho de Albergaria-a-Velha ainda continuam muitas estradas municipais cortadas Adriano Miranda/Público
Remadores movimentam barcos do Centro Náutico de Montemor-o-Velho Lusa/PAULO NOVAIS
O rio Vouga galgou as margens cortando estradas municipais e a A25 Adriano Miranda/Público
Terrenos agrícolas junto ao Rio Vouga em Cacia Adriano Miranda/Público
São vários os prejuizos nos acessos aos terrenos agrícolas Adriano Miranda/Público
A estrada que liga Cacia a Angeja continua cortada Adriano Miranda/Público
O parque de madeiras da fábrica Navigator em Cacia ficou inundado Adriano Miranda/Público
Pela manhã começaram as limpezas Adriano Miranda/Público
Adriano Miranda/Público
Adriano Miranda/Público
Foram vários os populares que esta manhã vieram ver os estragos Adriano Miranda/Público
Largo de Angeja Adriano Miranda/Público
Muitas estradas ficaram danificadas com a força da água Adriano Miranda/Público
Os terrenos agrícolas continuam submersos Adriano Miranda/Público
A subida da água em Formoselha Sérgio Azenha
Casas e estruturas agrícolas cobertas de água, em Ceira LUSA/PAULO NOVAIS
Sérgio Azenha
Sérgio Azenha
Uma viatura coberta de água devido à subida do rio Ceira, distrito de Coimbra LUSA/PAULO NOVAIS
Militares da GNR ajudam uma condutora numa viatura avariada, em Formoselha LUSA/PAULO NOVAIS
A subida do nível da água do rio Ceira, em Coimbra LUSA/PAULO NOVAIS
Madeira arrastada pela água presa numa antiga ponte LUSA/PAULO NOVAIS
O parque verde do Mondego coberto de água, em Coimbra LUSA/PAULO NOVAIS
O parque verde do Mondego coberto de água, em Coimbra LUSA/PAULO NOVAIS
Casas e estruturas agrícolas cobertas de água, em Ceira LUSA/PAULO NOVAIS
Casas e estruturas agrícolas cobertas de água, em Ceira LUSA/PAULO NOVAIS
Casas e estruturas agrícolas cobertas de água, em Ceira LUSA/PAULO NOVAIS
Casas e estruturas agrícolas cobertas de água, em Ceira LUSA/PAULO NOVAIS
Ciclistas observam uma estratada inundada Lusa/PAULO NOVAIS
Campos do Baixo Mondego inundados pela água do rio Mondego LUSA/PAULO NOVAIS
Um condutor inverte a marcha na estrada entre Tentúgal e Figueira da Foz LUSA/PAULO NOVAIS
Os bombeiros tentam perceber o nível das águas nos campos inundados em Montemor-o-Velho Lusa/PAULO NOVAIS
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No concelho de Albergaria-a-Velha ainda continuam muitas estradas municipais cortadas Adriano Miranda/Público

A empresa informou os clientes que poderiam pedir o reembolso dos bilhetes já comprados ou efectuar a sua revalidação sem custos.

Circulação interrompida na Linha da Beira Alta

Depois de a circulação ferroviária na linha do Douro ter sido restabelecida pelas 10h30, após ter estado suspensa quase quatro horas devido à queda de uma barreira e de uma pedra de grandes dimensões, agora é linha da Beira Alta que está interrompida.

Também devido à queda de pedras sobre a via-férrea, entre Fornos de Algodres e Muxagata, a circulação foi suspensa às 10h30. Um comboio de passageiros que ia da Guarda para Coimbra teve de recuar até Celorico da Beira para aguardar a chegada de equipas de Infraestruturas de Portugal para remover as pedras.

Em Coimbra, entre as estações de Coimbra B e Coimbra, a queda de uma árvore interrompeu também a circulação ferroviária.

Já na linha do Vouga, desde a meia-noite de ontem que foi reposta a circulação entre Macinhata do Vouga e Sernada do Vouga.

A circulação ferroviária foi afectada pelo mau tempo dos últimos dias, principalmente na região norte e centro do país. A passagem da tempestade Elsa causou dois mortos, um desaparecido, deixou 144 pessoas desalojadas e 320 pessoas deslocadas por precaução, registando-se mais de 11.200 ocorrências no continente português, na maioria inundações e quedas de árvore.

Regulador vai analisar “disrupções"

A AMT (Autoridade da Mobilidade e dos Transportes) vai compilar “informação completa sobre as disrupções recentes e analisar se todas as obrigações legais foram cumpridas, haja ou não reclamações de passageiros”, disse ao PÚBLICO, o seu presidente João Carvalho.

O contrato de serviço público recentemente assinado entre o governo e a CP ainda não está em vigor, não se aplicando, por isso, à situação actual. Mas a legislação actual obriga o operador, em caso de supressão temporária de serviços, a reembolsar o bilhete ou a disponibilizar outros modos de transporte. Mas tal só é obrigatório quando a supressão é imputável ao operador ou ao gestor da infra-estrutura, ou quando não existam alternativas viáveis. “Portanto, motivos de força maior constituem causas de exclusão”, explica João Carvalho.

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