Emoção no momento do adeus

O Presidente da República Popular da China começou por um poema e garantiu a autonomia de Macau, prometendo que os seus habitantes serão senhores do seu futuro. Jorge Sampaio, que horas antes tinha citado Fernando Pessoa, lembrou a identidade do território e os valores da liberdade e da democracia. Depois cumprimentaram-se, já a bandeira da China tinha substituído a portuguesa no mastro de honra. Havia lágrimas nos olhos de muita gente, sobretudo dos portugueses. E havia alegria entre os chineses, que à mesma hora faziam estalar fogo-de-artifício sobre a Praça da Paz Celestial, em Pequim.

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Jorge Sampaio, visivelmente emocionado, observa Jiang Zemin quando este se dirige para o palanque, antes do seu discurso Luís Ramos
  • Esta reportagem de Luís Andrade de Sá, em Macau, foi originalmente publicada na edição de 20 de Dezembro de 1999.

“Nesta noite cheia de luar, sopra a brisa refrescante e o mar é sereno como de rosas.” Foi com poesia que Jiang Zemin saudou o novo Macau, num momento breve que pôs termo a mais de quatrocentos anos de administração portuguesa.

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