Governo de Passos recusou todas as alternativas à queda do BES

Dados novos revelam que Maria Luís Albuquerque, então ministra das Finanças, recusou todos os cenários que ameaçassem a saída limpa de Portugal do período de ajuda externa. A história do BES é a história de um banco rico que afinal era pobre. Com um grande buraco que o BdP só assumiu dias antes do resgate.

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Reuters/HUGO CORREIA

No Verão de 2014 todos ficámos a saber factos que até ali nos tinham sido dados por impossíveis. O primeiro era que o BES era afinal um castelo vazio, com accionistas sem capital e activos sobrevalorizados. O segundo era que os supervisores (e os Governos) eram distraídos e durante duas décadas ignoraram os sinais de falta de solidez do grupo e de falhas de idoneidade de alguns gestores. O terceiro era que as mensagens de tranquilidade que tinham partido nas vésperas do resgaste de Belém, de São Bento e do Banco de Portugal (BdP), escondiam a realidade: o banco estava insolvente.

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