Portugal é o 7.º país europeu onde há mais pessoas sem acesso a saúde por razões económicas

Percentagem de 1,6% em Portugal acima de 1% da média europeia. Espanha não chega aos 0,1%.

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Ines Fernandes

Portugal é o sétimo país da União Europeia onde mais pessoas, a partir dos 16 anos, não têm as suas necessidades de saúde satisfeitas por razões financeiras, revelam os dados de 2018 do Eurostat, gabinete oficial de estatísticas da União Europeia, acabados de divulgar esta quarta-feira.

A percentagem de 1,6% de pessoas nesta situação em Portugal fica acima da média de 1% da União Europeia. A Grécia domina a tabela com 8,3%, seguida da Lituânia com 4,2%, da Roménia com 3,4% ou da Bélgica com 1,7%. Já os países com a percentagem mais baixa foram a Finlândia e República Checa, com resultados perto do zero. O Reino Unido ficou com 0,1%, tal como a Espanha ou a Suécia.

O relatório revela que 3,6% das pessoas declarou não ter não ter satisfeito a necessidade de fazer exames médicos ou de seguir tratamentos em 2018 e o custo alto foi a razão mais comum apontada. A segunda razão foi a existência de listas de espera com 0,9% a referirem esse como motivo para não terem satisfeito necessidades: em Portugal este número fica abaixo da média europeia com apenas 0,4% das pessoas a elencarem essa justificação, ocupando assim o 17º lugar da tabela - a Estónia domina o ranking neste item com 15%, seguida da Finlândia com 4,7% e do Reino Unido com 4,3%. 

A terceira razão mais referida para não receber tratamento foi querer esperar para ver se o problema se resolvia por si próprio (com 0,6% dos inquiridos europeus a escolherem este item, exactamente a mesma percentagem de portugueses a fazerem-no). 

Já num outro motivo apontado, o desconhecimento de um bom médico ou especialista, foi elencado por 0,1% dos europeus como razão para não terem acedido à saúde e aqui Portugal ficou nos zero. O facto de o acesso à saúde ser muito distante do local onde se encontravam os inquiridos foi determinante para 0,1% dos europeus e dos portugueses em particular. Também o medo dos médicos, de hospitais ou de tratamento impediu que 0,1% dos europeus acedessem à saúde, algo que foi referido por 0,3% dos portugueses. 

  

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