No Japão, a “ilha dos deuses” quer cobrar bilhete de entrada aos turistas

Miyajima, ilha “sagrada” de santuários e veados, é uma das grandes atracções turísticas do Japão. Numa década passou de um para mais de quatro milhões de visitantes por ano.

,Portão Torii Flutuante de Itsukushima (Temporariamente em Construção)
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Miyajima - Itsukushima DR/Turismo de Hiroxima
,Mount Misen
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Miyajima - Itsukushima REUTERS/Eriko Sugita
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Miyajima - Itsukushima REUTERS/Eriko Sugita
,Japão
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Miyajima - Itsukushima REUTERS/Eriko Sugita
,Gazela de cauda branca
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Miyajima - Itsukushima REUTERS/Eriko Sugita
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Miyajima - Itsukushima REUTERS/Eriko Sugita
Santuário de Itsukushima
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Miyajima - Itsukushima REUTERS/Jonathan Ernst

O valor deverá ser quase simbólico: 100 ienes, i.e., 83 cêntimos. Mas é mais uma iniciativa com outro valor simbólico: o de espaços antes livres e agora com entrada paga – casos anunciados de Veneza ou da ilha indonésia dos dragões-de-Komodo. Miyajima, ou Itsukushima ("ilha dos deuses") de seu nome oficial, fica a uma curta viagem de ferry a partir de Hatsukaichi (perto de Hiroxima), Património da Humanidade pela UNESCO, é célebre pelos veados que se passeiam livremente pela ilha, pelos templos e santuários e, muito particularmente, pela imagem que é obrigatória para os visitantes: uma grande porta laranja (torii) no meio das águas e ao fundo um santuário do séc. XII que parece flutuar.

Considerado um dos locais mais belos do Japão - o que é uma disputa difícil, tendo em conta a profusão de espaços ou não que competem pelas atenções -, Miyajima é de visita obrigatória, especialmente para quem visita a região de Hiroxima. Milhares de turistas passam pela ilha diariamente: em 2018, o número de visitantes ultrapassou os 4,3 milhões. Com Tóquio a receber os Jogos Olímpicos em 2020 é provável que os números aumentem significativamente.

Entre o controlo das massas e a necessidade de fundos para a manutenção do local, o presidente da câmara local, recém-eleito e que defendeu nos debates o pagamento, quer passar a implementar entrada paga para a ilha. “É necessário assegurar novos recursos financeiros para podermos manter continuamente a qualidade da ilha como ponto turístico”, resumiu Taro Matsumoto, que dirige agora Hatsukaichi, citado pela CNN.

Uma “taxa” semelhante, apelando a uma contribuição para o ambiente, já é cobrada em vários locais em ilhas da região de Okinawa (casos de Izena, Iheya, Tokashiki e Zamami), refere o jornal japonês The Asahi Shimbun na sua edição inglesa.

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