Nova Zelândia
Um “desastre à espera de acontecer”: a erupção do vulcão da ilha Branca em imagens
Mais de 10 mil turistas visitam a ilha Branca todos os anos. Esta segunda-feira, alguns grupos foram apanhados pela erupção do vulcão Whakaari.
Cinco pessoas morreram, 31 ficaram feridas e pelo menos oito estão desaparecidas depois de uma erupção num vulcão na ilha Branca, na Nova Zelândia. De acordo com a polícia local, um grupo de turistas foi visto a aproximar-se da cratera do vulcão pouco tempo antes da erupção (às 14h locais, 1h em Portugal) e é “provável” que o número de vítimas venha a aumentar nas próximas horas.
A erupção provocou uma coluna densa de fumo com centenas de metros de altura, visível da ilha Norte da Nova Zelândia, a cerca de 50 quilómetros. A ilha Branca é propriedade privada e todos os anos é visitada por mais de 10 mil turistas, apesar de ter um vulcão activo. Mas para alguns cientistas, como o vulcanologista Ray Cas, este "era um desastre à espera de acontecer". "Visitei a ilhas duas vezes e sempre senti que era demasiado perigoso para permitir as visitas diárias", disse o professor emérito da Monash University, citado pelo Australian Science Media Centre.
O vulcanólogo português Carlos Rosa diz ao PÚBLICO que a Nova Zelândia “tem um centro de monitorização vulcânica muito bom, mas há uma imprevisibilidade muito grande associada aos vulcões” e que este, em concreto, tem “tendência para ter um magma mais explosivo do que os outros”.
Por volta das 6h30 (17h30 em Portugal), a polícia avançou que não foram encontrados mais sobreviventes durante a noite e que o número de desaparecidos se mantém. Jacinda Ardern, primeira-ministra neozelandesa, disse à imprensa que um dos pilotos passou cerca de 45 minutos a sobrevoar o vulcão esta manhã e que “não havia sinal de vida”.
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