Dead Combo, os senhores do adeus

Esta sexta e sábado, os Dead Combo iniciam na Galeria Zé dos Bois, em Lisboa, uma digressão de despedida que será uma longa celebração, prolongada até Janeiro de 2021. Tó Trips e Pedro Gonçalves falam ao PÚBLICO do que motivou o anunciado fim da banda e revisitam os 16 anos de uma riquíssima vida em conjunto.

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Luis Mileu

A notícia chegou de surpresa dia 1 de Outubro. Nesse dia os Dead Combo anunciaram o fim da banda. “Decidimos acabar, mas acabar em grande. Não é um final triste, há muita coisa a ser celebrada”, escreveram Tó Trips e Pedro Gonçalves no comunicado então publicado. Há realmente muita coisa a ser celebrada. Há a música da banda nascida em 2003, encontro entre um homem vindo do rock e do punk, Tó Trips, na guitarra, e um outro saído dos meandros da jazz, Pedro Gonçalves, no contrabaixo (e melódica, piano e também guitarra). Música que é instrumental mas que contém em si uma portugalidade avessa a clichés, construída de uma diversidade de vozes: começaram por lhe chamar fado-western, juntaram Clint Eastwood à Severa, evocou-se Carlos Paredes, imaginaram-se tangos de Gardel dançados no velho Cais do Sodré.

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