Contratos do concurso para emprego científico de 2018 serão assinados em… 2020

Atribuídos contratos a 300 investigadores. Os resultados são ainda provisórios, uma vez que se inicia agora o período para eventuais contestações.

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Maria João Gala

Os resultados do Concurso de Estímulo ao Emprego Científico – Individual de 2018 acabam de ser divulgados pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT). Foram atribuídos contratos a 300 investigadores no âmbito deste concurso de 2018, que abriu entre Janeiro e Fevereiro de 2019 e cujos contratos – depois de terminados os prazos para eventuais reclamações – só poderão começar a ser assinados a partir do início de 2020.

À divulgação destes resultados (que estiveram em avaliação nos últimos nove meses) irá agora seguir-se o chamado período de “audiência prévia”, em que candidatos não seleccionados podem contestar a sua avaliação, e que termina a 11 de Dezembro. Depois, seguir-se-á a análise dessas reclamações. Portanto, só a partir de 2020 é que os investigadores poderão assim começar a assinar os seus contratos de emprego científico pagos pela FCT, que é tutelada pelo Ministério da Ciência.

Taxa de aprovação de 12,5% versus 8%

Já tinha havido atrasos no concurso anterior de estímulo ao emprego científico individual: esse concurso de 2017 teve os resultados provisórios divulgados em Setembro de 2018 e os resultados finais anunciados em Fevereiro de 2019. Nessa altura, tinham sido admitidos no concurso 4102 investigadores. Houve 765 reclamações, segundo a FCT. No final de todo o processo, atribuíram-se 515 contratos de trabalho para investigadores doutorados. A taxa de aprovação foi assim de 12,5%.

Em relação ao concurso cujos resultados provisórios foram agora anunciados, candidataram-se 3631 investigadores, pelo que a selecção de 300 doutorados para virem a ter um contrato de trabalho significa uma taxa de aprovação de cerca de 8%.

Os novos 300 contratos distribuem-se por quatro categorias contratuais: 158 contratos de investigador júnior; 104 de investigador auxiliar; 37 de investigador principal; e um de investigador coordenador.

A FCT acrescenta, em comunicado, que 51% dos 300 investigadores seleccionados são mulheres. E que os investigadores de nacionalidade estrangeira representam 32% do total dos candidatos seleccionados, sendo a principal origem Espanha (23 investigadores), seguida de Itália (18), França (10) e Alemanha (9).

Os candidatos foram seleccionados através de um processo de avaliação e classificação realizado por 25 painéis internacionais, coordenado por José Carlos Marques dos Santos, antigo reitor da Universidade do Porto.

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