Filipe Lobo d’Ávila assume que é candidato à liderança do CDS

Ex-deputado considera que “o seu tempo de oposição” no partido acabou.

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Filipe Lobo d'Ávila deixou de ser deputado em ruptura com a direcção de Assunção Cristas Rui Gaudencio

O ex-secretário de Estado da Administração Interna, Filipe Lobo d’Ávila, assume que é candidato à liderança do CDS no próximo congresso em Janeiro.

“Se a moção for a mais votada serei consequente e apresentarei listas a todos os órgãos nacionais, incluindo naturalmente a Presidente do CDS. É também certo que nunca serei candidato com uma moção de outros. É nessas circunstâncias que sou candidato”, escreveu na rede social Facebook.

O ex-deputado, do grupo Juntos pelo Futuro, junta-se assim a João Almeida, que assumiu a sua candidatura no passado sábado, a Abel Matos Santos, da Tendência Esperança em Movimento, e Carlos Meira, líder da distrital de Viana do Castelo. O líder da Juventude Popular, Francisco Rodrigues dos Santos, ainda está em reflexão sobre uma eventual candidatura à liderança do CDS. 

O grupo liderado por Filipe Lobo d’Ávila fez oposição à direcção de Assunção Cristas, durante os dois mandatos, e apresentou lista alternativa ao conselho nacional nos congressos de 2016 e de 2018, tendo neste último registado 18,5% dos votos. 

“Tenho dito a alguns amigos meus dos Juntos pelo Futuro que o meu tempo de oposição no CDS acabou e que a nossa obrigação, depois de tudo o que fizemos nestes quatro anos, é dar a oportunidade de escolha ao CDS. Não pretendo criar nenhum tabu nem deixarei que subsista qualquer dúvida sobre a minha postura, vontade ou decisão”, escreveu esta segunda-feira o advogado, que deixou de ser deputado em 2018 em ruptura com a direcção de Assunção Cristas. 

Com 44 anos, Filipe Lobo d'Ávila foi diretor-geral (2004) e de director do Gabinete para a Resolução Alternativa de Litígios (2007) no Ministério da Justiça e eleito deputado por três vezes (2009, 2011 e 2015). Foi secretário de Estado da Administração Interna entre 2011 e 2013 no Governo PSD/CDS liderado por Pedro Passos Coelho. João Almeida foi o seu sucessor no cargo. 

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