Ordens são capazes de punir os maus profissionais? Bastonários dizem que sim, mas números não o demonstram
Processos abertos pelas ordens arrastam-se durante anos, mas ordens defendem-se com a complexidade e com o facto de as sanções serem recorríveis. Há que melhorar articulação com os tribunais, defende representante dos bastonários.
Da psicóloga que equiparava a homossexualidade a um surto psicótico ao nutricionista que escreveu um livro em que sustentava que a disfunção eréctil pode provocar barriga, passando pela enfermeira que acompanhou dois partos em casa que resultaram na morte dos bebés ou pelo dentista que abusava sexualmente dos menores no seu consultório, as más práticas dos profissionais têm consequências muitas vezes fatais. E a questão que fica, depois do escândalo provocado pelo caso do bebé que nasceu em Setúbal com malformações graves que não haviam sido detectadas pelo obstetra que acompanhou a gravidez da mãe, é: as ordens são efectivamente capazes de proteger os utentes dos serviços, sancionando e retirando do mercado os maus profissionais?
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