Leonard Cohen: as suas últimas e magníficas canções, entre o céu e a terra
Adam Cohen revela as canções finais gravadas pelo pai. Thanks for the Dance é um álbum intemporal, com guitarras a pensar na Andaluzia de Lorca e um homem a adiar a sua despedida. Chega sexta-feira. No sábado a vida de Leonard e a sua musa Marianne fazem a abertura do Porto/Post/Doc.
No Verão de 1950, quando Leonard Cohen regressou ao Campo Sunshine — “um campo comunitário judaico para miúdos cujas famílias não tinham dinheiro para pagar os campos de férias mais caros”, explicou em entrevista à jornalista e biógrafa Sylvie Simmons —, levava na bagagem uma guitarra espanhola que tinha comprado pouco antes numa loja de penhores em Montréal. Quis o destino que, naquele ano, em que chegava a Sainte-Marguerite na qualidade de monitor, a direcção do campo estivesse nas mãos de um socialista americano. “Naquele tempo, os socialistas eram os únicos que andavam de guitarra na mão, a cantar canções folk; era para eles uma obrigação ideológica aprenderem a tocar as canções e cantarem-nas em público”, disse ainda a Simmons, nas páginas de I’m Your Man: A Vida de Leonard Cohen (ed. Tinta-da-China).
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