Taylor McFerrin à procura da perfeita entonação
Começou pelas batidas, nunca abraçou as rimas e chega agora à canção – uma das figuras da actual cena jazz e electrónica de Los Angeles actua a solo sexta-feira em Lisboa (Musicbox) e sábado no Porto (Pérola Negra).
Há um dado de uma terrível ironia na vida de Taylor McFerrin. Taylor conhece-o. Aliás, toda a gente o conhece – está na net. Onde quer que se procure pela sua biografia, encontrar-se-á a referência a Jubilee, canção de 1982 do primeiro álbum homónimo do McFerrin sénior – Bobby, pai de Taylor –, seguida da menção à “participação” de Taylor nessa canção como tendo sido a sua primeira incursão na música. Ora, Bobby McFerrin, um dos mais reconhecidos cantores e maestros da música contemporânea, viu Taylor nascer em… 1981. “When the legend becomes fact, print the legend”, já dizia um certo americano – ou, como diz Taylor, depois de uma valente gargalhada, “Alguém tirou isso de uma biografia antiga do meu pai e decidiu pôr na minha entrada da Wikipedia! Tecnicamente, é verdade, eu estava no estúdio quando os backup singers estavam a cantar… Mas só tinha 1 ano! (risos)”.
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