Lisboa surge no momento da libertação de Michael Kiwanuka

Nos dois álbuns anteriores percebia-se que o talento estava lá. Faltava qualquer coisa. No novo e terceiro registo Michael Kiwanuka liberta-se de constrangimentos num álbum imenso de soul, que vem apresentar esta sexta, em Lisboa, no festival Super Bock em Stock. No momento exacto.

Foto
Olivia Rose

Há oito anos, quando despontou, percebia-se que o inglês Michael Kiwanuka, 32 anos, tinha tudo para dar certo. Era capaz de percorrer várias avenidas (soul, folk, funk, dub, jazz) sem perder o rumo e a exigência. As canções tinham preocupações espirituais, na linha clássica da música afro-americana, impondo também pontos de vista politizados ou interrogações identitárias, em parte provocadas pelo facto de os pais terem provindo do Uganda. E do som, ao imaginário projectado, situava-nos numa linhagem onde a memória da música negra estava presente, sem que isso afogasse a vontade de perseguir as pulsações do presente.

Os leitores são a força e a vida do jornal

O contributo do PÚBLICO para a vida democrática e cívica do país reside na força da relação que estabelece com os seus leitores.Para continuar a ler este artigo assine o PÚBLICO.Ligue - nos através do 808 200 095 ou envie-nos um email para assinaturas.online@publico.pt.
Sugerir correcção
Comentar