Nestes prédios, as cadeiras de rodas e os carrinhos de bebé têm de ir pelas escadas
Moradores reclamam das constantes avarias dos elevadores, da falta de manutenção e de limpeza das áreas comuns de dois prédios da Gebalis, na freguesia de São Vicente, em Lisboa. Empresa diz que intervenções para corrigir estes problemas já estão em curso.
Naquelas duas torres cobertas por um azul já meio desbotado vivem 70 famílias, mas quem lá chega perto fica na dúvida se não serão dois espaços abandonados. “Este aqui, o lote 30, é que parece um comboio-fantasma”, atira, às tantas, Sandra Venâncio, de 44 anos, que para ali foi morar há duas décadas, quando os dois prédios foram construídos para realojar quem vivia nas barracas da Calçada dos Barbadinhos, em Lisboa. A moradora queixa-se de que, nos últimos anos, a boa convivência que existia naquele bairro se foi deteriorando. O vandalismo aumentou e hoje, diz, sente-se mais insegura, sobretudo se olhar para a entrada daqueles prédios com as portas partidas, as paredes riscadas, os elevadores partidos, com as portas abertas sem funcionarem, os dejectos caninos que se acumulam à entrada ou o lixo que se acumula nos pátios, provocando um cheiro nauseabundo.
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