Palestinianos e israelitas quebram cessar-fogo em Gaza
Lançamento de rockets a partir do enclave leva exército israelita a retaliar contra alvos do Hamas. Tréguas acordadas com Jihad Islâmica não duraram mais de dois dias.
Milícias palestinianas dispararam dois rockets durante a madrugada deste sábado, a partir de Gaza e para a região Sul de Israel, e o Exército israelita respondeu com uma série de ataques aéreos contra o Hamas. A troca de agressões põe em causa o já de si frágil cessar-fogo acordado na quinta-feira, entre Israel e a Jihad Islâmica.
As sirenes tocaram a meio da noite em Beersheba, a maior cidade no Sul de Israel, localizada a cerca de 35 km da fronteira de Gaza, avisando dos disparos. O Exército referiu, no entanto, que os dois rockets foram interceptados pelo seu sistema de defesa antimíssil.
Horas mais tarde, Israel atingiu vários alvos do Hamas, o grupo islamista que controla Gaza. Não foram reportadas vítimas.
Os ataques surgem dois dias depois de um cessar-fogo ter colocado um travão ao reacender da violência junto à fronteira, acordado entre Israel e uma milícia palestiniana mais pequena que o Hamas, a Jihad Islâmica – apoiada pelo Irão.
Os piores combates em vários meses começaram na terça-feira, depois de Israel assassinar um alto comandante da Jihad Islâmica, dizendo que este representava uma ameaça iminente.
As autoridades médicas de Gaza informaram que 34 palestinianos – cerca de metade eram civis – foram mortos em dois dias de combates.
Ao mesmo tempo, grande parte do Sul de Israel e algumas zonas de Telavive ficaram paralisadas devido ao lançamento de centenas de rockets. Dezenas de israelitas ficaram feridos e comunidades inteiras foram enviadas para refúgios.
O Hamas – que é a força dominante em Gaza – colocou-se à margem desses combates. Mas Israel disse que iria responsabilizar o grupo por qualquer ataque vindo de Gaza.
“O Hamas vai arcar com as consequências de quaisquer ataques contra israelitas civis”, anunciou o Exército, através de um comunicado.