Um ano depois, a estrada de Borba ainda é uma ferida aberta

A vida seguiu em Borba, mas o perigo continua à espreita, mesmo depois do reforço de sinalização e de vedações. Agora, é tempo de pensar na reconstrução daquela estrada que durante séculos uniu duas terras e esperar que se apurem responsabilidades. “Aquilo não pode ficar ali para o resto da vida.”

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Há qualquer coisa que impressiona quando se olha para aquela estrada desfeita. A terra barrenta, os montes de pedras lá no fundo da pedreira. As pombas a voar em bando à volta da boca do grande fosso rodeado por pedra mármore. O silêncio que só é interrompido pelo barulho de algumas máquinas a trabalhar na vizinhança. Não soubéssemos nós o que aconteceu e ninguém saberia que ali tinham morrido cinco pessoas. Está tudo igual como há um ano, só que agora pode ver-se com clareza o que desapareceu ao longo de 100 metros, quando aquele troço da estrada municipal 255 ruiu. 

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