Rui Agostinho vence o Grande Prémio Ciência Viva Montepio
O professor Paulo Sanches e o programa Falar Global foram distinguidos com os Prémios Ciência Viva Montepio Educação e Media, respectivamente.
O astrofísico Rui Agostinho é o vencedor do Grande Prémio Ciência Viva Montepio deste ano, divulgou esta sexta-feira a agência Ciência Viva. O professor Paulo Sanches foi distinguido com o Prémio Ciência Viva Montepio Educação e o programa Falar Global recebe o Prémio Ciência Viva Montepio Media. A entrega dos prémios realiza-se a 24 de Novembro – Dia Nacional da Cultura Científica – às 16h, no Auditório José Mariano Gago, no Pavilhão do Conhecimento, em Lisboa, e terá a presença do ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.
“O Grande Prémio Ciência Viva Associação Mutualista Montepio distingue Rui Agostinho pela sua acção notável na promoção da cultura científica enquanto professor, investigador, autor e divulgador no campo da astronomia”, lê-se num comunicado da Ciência Viva.
Rui Agostinho é doutorado em astronomia pela Universidade da Carolina do Norte (nos Estados Unidos) e actualmente é professor no Departamento de Física da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa. Dirigiu o Observatório Astronómico de Lisboa e foi também um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Astronomia e do Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa, que agora está integrado no Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço.
“Para além da carreira académica, Rui Agostinho é amplamente reconhecido como divulgador de ciência e um dos investigadores mais solicitados para comentar e explicar nos media fenómenos e notícias relacionadas com temas de astronomia”, salienta-se ainda no comunicado.
Já o prémio a Paulo Sanches é um “reconhecimento de uma intervenção de mérito deste professor que se tem dedicado ao ensino e à promoção da cultura científica, com iniciativas de relevo tanto para escolas como para a comunidade”, refere-se. É professor de Física e Química no Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira e, em 1999, fundou o clube de ciências da sua escola.
Também coordena o projecto Eureka Júnior (para alunos do pré-escolar e do 1.º ciclo) e tem participando em programas internacionais de formação de professores, como o Programa para Professores Portugueses do Laboratório Europeu de Física de Partículas (CERN). Em 2010, juntamente com dois alunos do clube de ciências, representou Portugal no Campo Espacial Internacional da NASA. Também organiza a concentração de telescópio em Moimenta da Beira, que “tem contribuído para dinamizar a região, reunindo todos os anos centenas de pessoas naquela localidade” desde 2009, assinala-se.
Por fim, o programa Falar Global recebe o Prémio Ciência Viva Montepio Media. De acordo com o comunicado, actualmente este é o programa mais antigo de ciência e tecnologia da televisão portuguesa e está há 15 anos no ar. É uma magazine semanal actualmente na grelha da Correio da Manhã TV – tendo começado na SIC Notícias – e é visto mensalmente por cerca de meio milhão de telespectadores. “Em formato de reportagem ou entrevista, uma equipa de jovens jornalistas especializados dá a conhecer os rostos da ciência e mostra o impacto da sua investigação no dia-a-dia dos cidadãos, numa abordagem rigorosa, dinâmica, informativa e esclarecedora”, informa-se no comunicado.
Estes prémios são atribuídos todos os anos pela Ciência Viva e pelo Montepio a “personalidades e instituições que se destacaram pelo seu mérito excepcional na promoção da cultura científica em Portugal”, refere-se. As personalidades distinguidas são seleccionadas pelos representantes das instituições científicas que fazem parte da agência Ciência Viva.
Já foram distinguidos com o Grande Prémio o geólogo Galopim de Carvalho, o botânico Jorge Paiva, os físicos Manuel Paiva e Carlos Fiolhais, o patologista Manuel Sobrinho Simões e a astrónoma Teresa Lago. Já o Prémio Ciência Viva nos Media foi atribuído aos criadores da secção de Desafios do PÚBLICO – a ilustradora Cristina Sampaio e os matemáticos José Paulo Viana e Eduardo Veloso – em 2013. E, em 2017, a jornalista do PÚBLICO Teresa Firmino foi distinguida juntamente com Filomena Naves, a jornalista do Diário de Notícias, com o mesmo prémio.