BCP regista “os melhores resultados dos últimos 12 anos”
O BCP teve lucros de 270,3 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, mais 5% face ao mesmo período de 2018, divulgou hoje o banco.
Miguel Maya iniciou a sua intervenção, esta quinta-feira, na conferência de imprensa de divulgação das contas trimestrais, notando que o BCP vai apresentar, nos primeiros nove meses do ano, lucros de 270,3 milhões de euros, “os melhores resultados dos últimos 12 anos”. E que representam um crescimento de 5% face ao valor registado no mesmo período de 2018.
Segundo o presidente executivo (CEO) do banco, este desempenho foi obtido apesar do “contexto desafiante” que o sector atravessa.
Maya destacou igualmente o facto do BCP ter ultrapassado pela primeira vez o patamar dos dois milhões de clientes, sem incluir os clientes do polaco Eurobank (operação adquirida já este ano)
Outro dos pontos mencionados pelo CEO foi a evolução positiva dos níveis de solidez do capital do banco com a passagem do rácio de capital de 13,5% para 15,7% (acima do requisito de 13,1%). No que respeita à margem financeira, o BCP registou uma subida para 9,5%, cifrando se em 1153 mil milhões de euros, contribuindo com 100 milhões de euros para os resultados consolidados.
As comissões subiram 1,8% para 519,1 milhões de euros.
Em termos dos recursos totais, estes ficaram em 80,166 mil milhões, mais 10,1%, fruto do “bom desempenho quer da actividade em Portugal, quer das operações internacionais”.
Em Setembro, o rácio de NPE-Non Performing Exposure (créditos problemáticos) situou-se em 4,6%, ficando abaixo da fasquia dos 5% imposta pelas autoridades de supervisão financeira. Os NPE do grupo caíram para 1,7 mil milhões, com a queda em Portugal a ser de 1,9 mil milhões, no que se traduziu numa “evolução consistente e muito apreciada pelo mercado”, segundo Maya.
Em relação ao contencioso que envolve a banca polaca (que inclui o Millennium Bank) e os créditos concedidos em francos suíços, o líder do banco esclareceu que “o BCP na Polónia não concede, desde o início de 2008, crédito a clientes em moeda estrangeira.”
A “expectativa é que os tribunais polacos funcionem”, disse, acreditando “no funcionamento das instituições” e confiando “que não haverá ruptura no modelo de funcionamento”. Maya adiantou, todavia, que “o tema merece muita atenção e acompanhamento detalhado das equipas do banco”. No entanto, não esclareceu se o banco do BCP na Polónia admite constituir previsões adicionais. com Lusa