El Salvador expulsa diplomatas da Venezuela nomeados por Nicolás Maduro

Presidente salvadorenho espera receber um novo corpo diplomático “num futuro próximo”. Governo de El Salvador junta-se à lista dos países que reconhecem Juan Guaidó como Presidente interino legítimo da Venezuela.

Foto
O Presidente salvadorenho disse que o país receberá, “num futuro próximo”, um novo corpo diplomático da Venezuela Rodrigo Sura/EPA

O Presidente de El Salvador, Nayib Bukele, deu ordem de expulsão aos diplomatas venezuelanos que trabalham no país sob a direcção do Presidente Nicólas Maduro. Num comunicado partilhado nas redes sociais, Bukele disse que a sua decisão vai ao encontro da posição oficial do Governo salvadorenho, segundo a qual Maduro não tem legitimidade para se apresentar como chefe de Estado da Venezuela. Em resposta, Caracas anunciou a expulsão dos diplomatas salvadorenhos que estão na Venezuela.

À semelhança do que aconteceu no início do ano com dezenas de outros países, incluindo Portugal, El Salvador reconheceu Juan Guaidó como o Presidente interino legítimo da Venezuela.

Como líder da Assembleia Nacional Venezuelana (o parlamento com maioria da oposição que o Governo de Maduro não reconhece como legítimo), Guaidó autoproclamou-se Presidente interino do país em Janeiro passado. A oposição acusa Maduro de garantir a sua reeleição, em 2018, de forma ilegal, e exige que sejam convocadas novas eleições.

No comunicado sobre a expulsão dos diplomatas venezuelanos, o Presidente de El Salvador disse que o país receberá, “num futuro próximo”, um novo corpo diplomático da Venezuela nomeado por Juan Guaidó.

A notícia foi bem recebida nos EUA, que felicitaram o Presidente Nayib Bukele através do seu embaixador em San Salvador, Ronald Johnson.

“Aplaudimos o Governo do Presidente Nayib Bukele por garantir que El Salvador está do lado certo da História ao reconhecer Juan Guaidó como Presidente interino da Venezuela”, disse o embaixador norte-americano.

Quase um ano depois de meia centena de países ter declarado apoio a Guaidó contra Maduro, incluindo os EUA e a União Europeia, a Venezuela continua na mesma situação. Houve uma tentativa de aproximação dos dois lados, mediada pela Noruega, mas as conversações foram interrompidas quando Nicolás Maduro acusou Juan Guaidó de apoiar as sanções impostas à Venezuela pelos EUA.

Mais de quatro milhões de venezuelanos saíram do país nos últimos quatro anos, em fuga de condições de vida cada vez mais difíceis e de uma economia que continua a piorar. Segundo as Nações Unidas, cerca de oito milhões de pessoas, numa população de 30 milhões, precisam de ajuda urgente.

Sugerir correcção
Ler 1 comentários