Com mais assobios do que bom futebol, o FC Porto voltou a ganhar

Os “dragões” colocaram-se cedo na frente do marcador, com um bom golo de Marcano, mas, tal como tinha acontecido na Madeira, fizeram uma exibição sofrível frente ao “lanterna vermelha” Desp. Aves.

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LUSA/MANUEL FERNANDO ARAUJO
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Tal como tinha acontecido a meio da semana no Funchal, contra o Marítimo, a exibição voltou a ser débil, mas, mesmo com alguns assobios por parte dos adeptos no final, o FC Porto cumpriu o objectivo. Apesar de terem marcado cedo um bom golo por Marcano, os “dragões” nunca conseguiram “matar” o jogo e deixaram o Desp. Aves acreditar até final que podia interromper um longo ciclo de derrotas consecutivas. Com o triunfo pela margem mínima (1-0), os portistas isolam-se na vice-liderança e mantêm-se a dois pontos do Benfica.

Com um ciclo de seis jogos em apenas 17 dias, Sérgio Conceição surpreendeu ao manter praticamente tudo na mesma a nível táctico. Se na quarta-feira, na Madeira, a aposta do técnico portista na continuidade até tinha sido compreensível, pela excelente prestação dos titulares escolhidos para iniciar o jogo da 8.ª jornada contra o Famalicão, neste domingo a opção de decalcar quase na totalidade o “onze” que tinham perdido dois pontos contra o Marítimo era um cenário bem menos provável

Mais uma vez, Conceição deixou sentados ao seu lado no banco de suplentes dois dos habituais protagonistas da equipa (Alex Telles e Zé Luís), enquanto Marega continuou a ver os jogos do camarote. Porém, o técnico tinha mais uma surpresa guardada para o jogo: Uribe também não foi opção, avançando Bruno Costa para o trio do meio-campo no qual se mantiveram Danilo e Otávio.

A manutenção das opções e do desenho táctico que tinha revelado debilidades contra o Marítimo resultaram em algo parecido com o que se tinha visto no Funchal. Com um futebol pouco estimulante e uma qualidade muitos furos abaixo da exibida contra o Famalicão, o FC Porto acabou por vencer com naturalidade, mas permitiu que o Desp. Aves se mantivesse vivo no jogo durante os 90 minutos.

Com oito derrotas consecutivas em todas as competições, os avenses entraram no Dragão pressionados pelo último lugar, mas Leandro Pires, que se vai mantendo como técnico interino desde a saída de Augusto Inácio, mexeu pouco. Mantendo a aposta num 4x3x3, o antigo treinador dos sub-23 do Desp. Aves acabou por reservar a principal novidade para a baliza, com o brasileiro Raphael Aflalo a fazer a estreia absoluta na I Liga.

O início do jogo foi frio e pouco interessante, mas na primeira oportunidade o FC Porto marcou. Com Soares novamente em sub-rendimento, foi Marcano que vestiu o papel de ponta-de-lança. Aos 13’, o central espanhol foi à área avense e, com um remate cruzado e de primeira, aproveitou da melhor maneira uma assistência de Otávio. 

A vencerem de forma madrugadora contra um rival pouco confiante, os “dragões” pareciam ter reunido as condições para resolverem cedo o problema e começarem a pensar no jogo contra o Rangers, em Glasgow. Mas, mesmo perante as limitações avenses, a vitória portista continuou presa por arames até final.

Após uns primeiros 45 minutos desinteressantes, o Desp. Aves começou a surgir com mais assiduidade próximo da baliza defendida por Marchesín. A incapacidade portista em matar o jogo enervava aos adeptos “azuis e brancos” que, amiúde, assobiavam alguns lances mal conseguidos. E nem um remate de cabeça de Pepe ao ferro — mérito para o desvio de Aflalo — tranquilizou o espírito dos portistas.

Apesar da exibição sofrível, a justiça da oitava vitória do FC Porto no campeonato era inquestionável e permite aos “dragões” segurarem a vice-liderança, a dois pontos do líder Benfica. Para o Desp. Aves, o fosso pode até aumentar: se o Portimonense vencer na segunda-feira o Santa Clara, a equipa avense ficará a cinco pontos do primeiro adversário fora dos lugares de despromoção. 

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