Felizmente que o ridículo não mata…
Dois surtos de ridículo assaltaram-nos nos últimos tempos: os novos sinais de trânsito e os nomes dos ministérios do novo governo.
… porque senão caminhávamos por um campo de mortos. Mas se não mata, mói. E, pior ainda, em certas áreas da vida social e política é perverso e negativo. Dois surtos de ridículo assaltaram-nos nos últimos tempos: os novos sinais de trânsito e os nomes dos ministérios do novo governo. Em ambos os casos eles vêm somar-se ao cada vez maior número de exemplos de “oficialização” da linguagem politicamente correcta com o seu inevitável corolário de policiamento de linguagem. Trata-se de um crescendo censório, que introduz na linguagem expressões da moda política e mediática que depois, na sua vacuidade ou, pior ainda, na sua implícita interpretação, representam programas que entram, por assim dizer, pela porta do cavalo da democracia. Um dos melhores exemplos é a utilização da palavra “climático/a”, que na sua origem tem uma expressão sem sentido, a da “greve climática”, e depois contagiou programas eleitorais nas últimas eleições, palavras de ordem em outdoors e, de um modo geral, uma submissão acrítica a conceitos ambíguos e politicamente radicais.
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