A composição em tempo real de Rodrigo Amado galga fronteiras
Com o quarteto em que actua ao lado de McPhee, Corsano e Kessler, o saxofonista toca nos próximos dias em Coimba, Porto e Lisboa. É parte de uma digressão que o confirma como um dos nomes de ponta da música improvisada actual e fecha um ano com belíssimos discos assinados em duo com Corsano e com o trio The Attic.
Desde que, há 17 anos, começou a afinar um percurso muito mais longo como músico, aproveitando o surgimento da Clean Feed para começar a explorar de forma mais consistente e consequente uma linguagem pessoal, Rodrigo Amado tem caído cada vez mais fundo nesse abismo criativo que é a composição em tempo real. Com qualquer uma das várias formações que se foram sucedendo desde então, o saxofonista foi persistindo numa abordagem não planeada para a sua prática artística, encontrando parceiros cada vez mais sintonizados com essa atracção pela vertigem de uma música que se descobre à medida que avança, sem ser discutida previamente. Mas, mesmo para quem vive dentro deste mundo de liberdade total há vários anos, existem momentos, como em Maio passado, no Festival DOM — 20! (comemorativo do 20º aniversário do Centro Cultural DOM, em Moscovo) que apanham o próprio músico de surpresa.
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