Festival de música electrónica Semibreve começa esta sexta-feira em Braga

O pioneiro Morton Subotnick, 86 anos, acompanhado do artista visual Lillevan, protagoniza o arranque no Theatro Circo. Integram a programação, entre outros, Kode 9, Suzanne Ciani, Alessandro Cortini, Ipek Gorgun, e as parcerias entre Drew McDowall e Florence To e de Oren Ambarchi e Robert Aiki Aubrey Lowe.

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Morton Subtonick deixou marca na história da música electrónica à primeira edição, quando em 1967 assinou Silver Apples of the Moon DR

O músico norte-americano Morton Subotnick, que abriu caminho no desenvolvimento da música electrónica, actua esta sexta-feira no Theatro Circo, em Braga, no começo da nona edição do Festival Semibreve. “Aos 86 anos, numa espantosa prova de eterna vitalidade e insubmissão”, Morton Subotnick apresentar-se-á em Braga acompanhado do artista visual Lillevan, com quem tem colaborado há uma década. O músico norte-americano, pioneiro na composição com os primeiros sintetizadores modulares, revisitará Silver Apples of the Moon, o seu primeiro álbum, editado em 1967.

Além de Morton Subotnick, o primeiro dia do festival Semibreve contará também com actuações, no mesmo teatro municipal, do multi-instrumentista italiano Alessandro Cortini e da artista turca Ipek Gorgun. No espaço gnration estarão Nick Void e Avalon Emerson. O Festival Semibreve é apresentado como “um evento incontornável no panorama da música electrónica nacional e internacional”, que contribui “para a divulgação de produção científica no campo das artes digitais produzida por instituições de referência”.

No sábado, dia em que o festival recebe Kode 9, o destaque da programação vai para a estreia absoluta de uma parceria, a convite do Semibreve, entre os músicos Oren Ambarchi e Robert Aiki Aubrey Lowe (Lichens), e o regresso de Drew McDowall, membro dos britânicos Coil que, com Florence To, revisitará em música e projecção visual o álbum de 1998 Time Machines. O festival Semibreve termina no domingo, dia em que, por exemplo, veremos a veterana Suzanne Ciani, em que se apresentam as esculturas sonoras de Felicia Atkinson no Salão Medieval da Universidade do Minho.

Além dos concertos, o Semibreve é feito ainda de instalações artísticas, como The Transparency of Evil, de Francisco da Silva Antão, e We Press for Silence, de Ricardo M. Vieira, workshops de música electrónica e conversas com artistas.