“Olhar uma última vez para os meus amigos”: eis o último trailer de Star Wars: A Ascensão de Skywalker
A saga Skywalker chega ao fim em Dezembro e milhões de fãs já estão a reunir-se em torno de dois minutos e meio de imagens com novos mundos e velhas personagens. Nostalgia e acção para assinalar o fim de 42 anos de histórias - e, claro, o início da pré-venda de bilhetes.
Em Dezembro, mais de 40 anos de cinema popular chegam simbolicamente ao final com o filme que encerra a saga Skywalker do franchise multimilionário que é Star Wars. O último trailer para o filme Star Wars: A Ascensão de Skywalker, que fecha também a actual trilogia de filmes, chegou na madrugada desta terça-feira, acumulando já cerca de dois milhões de visualizações à hora de publicação desta notícia e jogando com acção, nostalgia e novos cenários de proporções oceânicas.
“Estou a olhar uma última vez para os meus amigos”, responde a certa altura o dróide C-3PO, interpretado por Anthony Daniels e uma das poucas personagens presentes em todos os onze filmes Star Wars (três trilogias e dois filmes independentes). É uma frase que marca o tom de um momento em que, a partir de 19 de Dezembro, começa a despedida da história original criada por George Lucas em 1977 e que mudou o rosto do cinema - se o Tubarão (1974) de Steven Spielberg criou os blockbusters, A Guerra das Estrelas de Lucas criou os franchises em perpétua expansão, reimaginação e comercialização que até hoje dominam a exibição cinematográfica.
Mas dróides, portanto, e Wookies e restos da Estrela da Morte: é assim que o “final trailer” de A Ascensão de Skywalker marca o tom. Estreado na noite de segunda-feira nas televisões americanas durante o jogo de futebol entre os Patriots e os New York Jets, os cerca de dois minutos e meio de excertos de filme contam com as vozes do Imperador Palpatine, reaparecendo pela primeira vez desde O Regresso de Jedi (1983) (ou de A Vingança dos Sith, de 2005), de Luke Skywalker e Leia Organa.
O trailer estreou-se no dia de nascimento de Carrie Fisher, princesa das estrelas e de Hollywood, que morreu há três anos. Assinala também, como é habitual no marketing certeiro da Lucasfilm, o início da pré-venda de bilhetes nos EUA.
Daisy Ridley, Oscar Isaac e John Boyega regressam, e reúnem-se no Millennium Falcon, e o Kylo Ren de Adam Driver, mantém-se, tal como a Rey de Ridley, algures entre o bem e o mal, entre o juntos ou separados, para gerar dúvidas aos espectadores. O trailer inclui batalhas no que resta da mítica estação espacial Estrela da Morte, os novos mundos e climas em que Star Wars se especializou nas suas viagens pela galáxia, e muita nostalgia — este é um filme de J.J. Abrams, chamado para terminar a trilogia que iniciou em 2015 com O Despertar da Força. Decalque estrutural e emocional do primeiro Star Wars, chegado a Portugal com o título A Guerra das Estrelas em 1977, O Despertar da Força é um dos filmes mais rentáveis de sempre, com receitas brutas de bilheteira de 2 mil milhões de dólares.
O filme contará ainda com Kelly Marie Tran, BB-8, Lupita Nyong’o, Domhnall Gleeson, Richard E. Grant, Keri Russell, Billy Dee Williams como Lando Calrissian e esperados “cameos” póstumos de Fisher, cujas imagens não usadas de outros filmes foram já inseridas em Os Últimos Jedi (2017), de Rian Johnson.
“As pessoas estão sempre a dizer-me que me conhecem. Ninguém me conhece”, avisa Rey num trailer que acaba com Mark Hamill (Luke Skywalker) a puxar as cordas emotivas dos fãs ao repetir uma das frases mais conhecidas da série: “A Força estará contigo”. É a voz de Fisher que a termina, garantindo: “Sempre”.
É uma garantia real numa altura em que a Disney, actual proprietária do mundo Star Wars, estreia a 12 de Novembro nos EUA a série de acção real The Mandalorian e tem previstas outras duas séries — uma delas focada no Obi-Wan Kenobi de Ewan McGregor —, além de duas trilogias distintas nas mãos de Johnson e dos criadores de A Guerra dos Tronos, D.B. Weiss e David Benioff.
Notícia corrigida às 13h30: O primeiro filme Star Wars estreou-se há 42 anos