Centro de Produção da RTP Porto celebra 60 anos
Unidade produz actualmente grande parte dos conteúdos de informação e entretenimento para todos os canais RTP, assumindo-se como um importante elo de ligação entre a região Norte e o resto do país.
Há 60 anos era inaugurado aquele que hoje se apresenta como um dos maiores centros de produção de conteúdos do país, o Centro de Produção da RTP Porto. Com sede em Vila Nova de Gaia, tem em mãos grande parte da produção de informação e de entretenimento para todos os serviços de programas de televisão e rádio do grupo RTP, no qual se incluem RTP1, 2, 3, África e Internacional e Antena 1, 2 e 3.
“Fazer 60 anos e lembrar o nosso passado é não só um acto de justiça, mas uma forma de mostrar a relevância estratégica de um centro de produção audiovisual descentralizado”, disse ao PÚBLICO Isabel Correia, directora do Centro de Produção da RTP Porto. O centro assume-se como um importante elo de ligação da região Norte com o resto do país, já que produz “conteúdos que têm visibilidade nacional”. Dada a sua descentralização geográfica, esta produção “permite que projectos desta zona possam ser divulgados nos nossos programas a nível nacional”.
Há anos que o Centro de Produção da RTP Porto vem criando plataformas, como a NTV (espaço agora ocupado pela RTP3), que em muito contribuíram para a visibilidade da “opinião de comentadores, jornalistas, políticos e outras vozes na opinião nacional”. No mesmo espaço são também produzidos programas do daytime, com 600 horas de emissão por ano, como a Praça da Alegria. Na área da informação, o Jornal da Tarde é diariamente transmitido a partir do Centro de Produção da RTP Porto.
Para assinalar o aniversário, quarta-feira será dia de comemorações: as portas do Centro de Produção irão estar abertas ao público, para quem quiser conhecer as instalações; haverá a apresentação de um livro, coordenado por Manuel Pinto, sobre estes 60 anos do centro de produção; e ainda uma exposição baseada no livro, que poderá ser vista durante um ano.
A origem do livro surge de uma ideia que Isabel Correia teve em 2017. Queria realizar um projecto que “integrasse quem esteve na génese, como Artur Moura, o primeiro operador de câmara”. Assim nasceu esta obra que foi uma parceria com o Instituto de Ciências Sociais da Universidade do Minho e conta com sete capítulos. Um deles, mais generalista, é escrito por Manuel Pinto. Os outros seis são dedicados a cada uma das seis décadas da vida da RTP Porto, tendo como autores, por exemplo, Joaquim Fidalgo ou Felisbela Lopes.
Das comemorações também farão parte homenagens como a que será feita ao realizador Adriano Nazareth, com a atribuição do seu nome ao primeiro estúdio da RTP Porto, que ainda hoje é utilizado.
A descentralização da RTP, considera Isabel Correia, é “uma conquista de todos e para todos”, e tem sido “uma luta diária, conseguida com uma equipa consistente à qual se exige muita resiliência e determinação”. Texto editado por Inês Nadais