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Springboks acabaram com o sonho do Japão, Vahaamahina com o da França

África do Sul e País de Gales juntaram-se neste domingo à Nova Zelândia e Inglaterra nas meias-finais do Campeonato do Mundo de râguebi.

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Reuters/ISSEI KATO

Inglaterra-Nova Zelândia no sábado; País de Gales-África do Sul no domingo. Sem grande surpresa, a luta pela presença na final do Mundial 2019 será no próximo fim-de-semana um duelo entre as quatro primeiras selecções no ranking da World Rugby, mas os galeses tiveram que sofrer bastante para derrotar a França (20-19), que acabou vencida por erros próprios: Sébastien Vahaamahina foi expulso por agressão quando os franceses ganhavam por 19-10. Em Tóquio, a bravura do Japão não chegou para nova surpresa. A África do Sul foi mais forte e derrotou os Brave Blossoms (26-3).

O início de jogo entre o País de Gales e a França foi prometedor, mas com um râguebi demasiado aberto e anárquico q.b., bem ao estilo francês. E o resultado foi um arranque fulgurante por parte da França: sem que os britânicos conseguissem perceber o que se estava a passar, ao fim de dez minutos “les bleus” já tinham marcado dois ensaios (Vahaamahina e Ollivon) e venciam por 12-0.

A resposta do País de Gales foi sólida. Nos dez minutos seguintes, os britânicos conseguiram encurtar a diferença para dois pontos com um ensaio de Aaron Wainwright e uma penalidade de Dan Biggar, mas um cartão amarelo a Ross Moriarty em cima da meia hora por uma placagem alta voltou a colocar a França por cima.

Com mais um jogador até ao intervalo, os franceses não desperdiçaram a benesse do avançado galês e aproveitaram para aumentar em vantagem: Vakatawa fez o terceiro ensaio gaulês e colocou a diferença em nove pontos (19-10).

O regresso aos balneários era a oportunidade perfeita para Warren Gatland ajustar a estratégia galesa ao râguebi “à francesa” do rival, mas a conversa do técnico neozelandês com a sua equipa não pareceu trazer grandes mudanças para a segunda parte.

Apesar de o País de Galês estar outra vez com 15 jogadores, a França voltou do intervalo melhor e nos primeiros minutos o jogo foi sempre disputado dentro ou perto da área de 22 metros galesa. Porém, uma atitude irreflectida de Vahaamahina encostou os franceses às cordas: o segunda-linha nascido na Nova Caledónia agrediu um galês com o cotovelo e tornou-se no oitavo jogador expulso no Mundial 2019.

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Com cerca de meia hora para jogar em superioridade numérica, o País de Galês tinha uma oportunidade de ouro e quase de imediato encurtou a diferença para 19-13 com uma penalidade de Biggar.

A partir daí, o duelo em Oita tornou-se num jogo de nervos. Com a vitória a poder cair para qualquer lado, os dois “XV” sabiam que um erro podia resultar no afastamento do Mundial e a falha acabou por surgir do lado francês: a seis minutos do fim, um turnover de Tomos Williams a cinco metros da linha de ensaio colocou a bola nas mãos de Moriarty e o terceira-linha, que tinha entrado mal no jogo, fez o segundo ensaio dos britânicos, vestindo o fato de herói na vitória galesa por apenas um ponto: 20-19.

A fechar os quartos-de-final, em Tóquio estavam frente a frente o sensacional Japão e uma das equipas mais fiáveis do Mundo: a África do Sul. Com quatro vitórias na fase de grupos, os Brave Blossoms já tinham feito história ao tornarem-se na primeira selecção asiática a apurar-se para os quartos-de-final, mas depois de vencerem a Irlanda e a Escócia, os japoneses não se queriam ficar pelos oito melhores.

No entanto, apesar da enorme evolução do râguebi japonês desde que Eddie Jones começou em 2012 a preparar uma equipa para este Mundial, do outro lado estava uma selecção que não queria cometer o mesmo erro duas vezes.

Após perderem com o Japão há quatro anos no Mundial 2015, os Springboks não facilitaram um milímetro e, com um jogo sóbrio e inteligente, conseguiram travar a fantasia e velocidade dos japoneses.

Com um bom ensaio na ponta, Makazole Mapimpi colocou a África do Sul a vencer por 5-0 logo no quarto minuto. A desvantagem não fragilizou os Brave Blossoms, que mantiveram o seu estilo de jogo a toda a largura do campo e com muito jogo ao pé do abertura Tamura, que aos 20 minutos converteu uma penalidade, reduzindo para 5-3, resultado que se manteve até ao intervalo.

Na segunda parte, a África do Sul assumiu mais o jogo. Procurando tirar a bola à imprevisível linha-atrasada japonesa, os sul-africanos tiveram mais posse de bola e através do trabalho dos seus avançados, foram conquistando penalidades que Pollard foi capitalizando em pontos: 14-3 aos 64’.

Com uma vantagem confortável e bem mais frescos do que os japoneses – Rassie Erasmus teve a oportunidade de rodar a equipa na fase de grupos -, os sul-africanos acabaram por marcar mais dos ensaios - Faf de Klerk (66') e Mapimpi (70') – colocando a diferença final em 23 pontos, números que penalizam em demasiada o Japão, que enquanto teve capacidade física ofereceu uma excelente réplica.

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